Em seu terceiro confronto no ano, Vasco e Corinthians entraram em campo neste domingo, em São Januário, com retrospectos extremamente positivos de suas defesas e jogadores que já se conhecem muito bem. No total, antes desse jogo, haviam sofrido apenas um gol nos últimos nove jogos. Mesmo com desfalques no setor, eles conseguiram aumentar a estatística defensiva ao empatarem em 0 a 0, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, diante de 15.655 pagantes.
Com o resultado, o Vasco, agora há seis jogos sem sofrer gols, mesmo com a ausência de Dedé, perdeu a chance de assumir a liderança, chegando aos 31 pontos, com um a menos do que o Atlético-MG, primeiro colocado da competição. Já o Corinthians, com um gol sofrido nos últimos cinco jogos, segue em posição intermediária, com 17 pontos.
Os dois times voltam a jogar quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro. O Vasco enfrenta o Sport, na Ilha do Retiro, 19h30 (de Brasília). Já o Corinthians terá pela frente o Atlético-GO, no Pacaembu, às 20h30 (de Brasília).
O jogo
Desde o fim do ano passado, quando Vasco e Corinthians brigaram até a última rodada pelo título do Campeonato Brasileiro, os jogos entre os dois times despertam expectativa pelo que acontecerá em campo. Foi assim no confronto pelas quartas de final da Taça Libertadores, quando houve apenas um gol em 180 minutos de bola rolando, com vantagem para o clube paulista numa cabeçada de Paulinho.
A história recente do confronto estava a favor do Corinthians. Nos últimos cinco jogos contra o rival, havia conquistado três vitórias e dois empates, além da classificação nas quartas de final da Libertadores. Neste domingo, o começo do jogo seguiu os números recentes do confronto, com o Vasco precisando se cuidar na defesa para não sofrer gols, mesmo jogando em casa.
Logo aos quatro minutos, o zagueiro Douglas travou Romarinho quando o atacante estava livre na grande área para finalizar. Pouco depois, Fernando Prass fez uma defesa estranha em chute de Jorge Henrique, espalmando para o lado uma bola que foi no meio do gol. A pressão continuou e, aos 14, o goleiro do Vasco rebateu mal uma cobrança do meia Douglas e a sobra parou nos pés de Romarinho, que chutou em cima de Douglas, mas o do Vasco.
Em São Januário, o Vasco não conseguia se impor. O Corinthians conseguia uma série de roubadas de bola, evitando uma troca de passes mais intensa ou contra-ataques perigosos. Em jogada individual, aos 29, finalmente uma chance para o time da casa, com o lateral-esquerdo William Matheus, que passou por três marcadores antes de chutar para defesa segura de Cássio.
Apesar da jogada perigosa, quem continuou mandando no jogo foi o Corinthians. A movimentação dos meias e atacantes ajudou a confundir a defesa, formada por Douglas e Fabrício, substituto de Dedé, suspenso. Em boa arrancada, aos 38, Romarinho tabelou com Danilo e chutou, mas a bola saiu fraca, defendida com facilidade por Prass.
A melhor chance do primeiro tempo aconteceu aos 44 minutos, novamente com o Corinthians. Com uma boa atuação, Jorge Henrique fez um excelente cruzamento para Douglas, que entrou livre, quase na pequena área, mas cabeceou mal, para o chão, e a bola saiu por cima do gol defendido por Prass.
A dificuldade do Vasco em se encontrar no jogo aumentou no segundo tempo. O Corinthians aumentou a pressão e começou a arriscar chutes de longa distância. Aos nove, Ralf chutou, Prass deu rebote e Jorge Henrique pegou de primeira para nova defesa do goleiro, em jogada já paralisada por impedimento do atacante do clube paulista. Em seguida, foi a vez de Romarinho chutar cruzado e obrigar Prass a se esforçar mais uma vez para evitar o gol.
A torcida do Vasco já pedia Felipe e o técnico Cristóvão Borges decidiu atender, aos 15 mi nutos do segundo tempo. Ele tirou Carlos Alberto, na tentativa de controlar mais o jogo no meio-campo. Mas quem continuou tendo chances foi o Corinthians. Aos 20, em saída errada de William Matheus, Paulinho recebeu de Jorge Henrique e chutou cruzado, para fora.
Aos 23 minutos, o técnico Tite promoveu a estreia do peruano Guerrero, que entrou no lugar de Jorge Henrique. Pouco depois, Cristóvão colocou o equatoriano Tenório, que não atuava há cinco meses, na vaga de Eder Luis. Ele até se saiu melhor do que o reforço do Corinthians, criando pelo menos duas boas chances de gol, mas não conseguiu evitar o 0 a 0 em São Januário.