Fut. Americano: Para sucesso nos playoffs, Vasco Patriotas aposta em ataque

O Vasco Patriotas terminou a temporada regular em primeiro lugar na Conferência Norte e chega aos playoffs confiante no título. Duas vezes vice-campeão e duas vezes terceiro colocado no Torneio Touchdown, o time cruzmaltino se ampara nas estatísticas para acreditar que desta vez o desfecho será diferente. A sólida campanha na primeira fase, com 295 pontos marcados e apenas 62 sofridos, foi conquistada, em grande parte, graças ao explosivo ataque aéreo da equipe. A temporada de 2014 marcou uma revolução no setor ofensivo cruzmaltino, que sempre foi fortíssimo no jogo corrido, mas muito irregular nos passes.

A mudança, que catapultou o ataque vascaíno a outro patamar, tem nome e sobrenome: Lucas Shaw. O quarter-back americano assumiu o comando do ataque na pré-temporada e vem encantando o público com sua leitura de jogo e precisão nos passes. O camisa 11 anotou 21 passes para touchdown na temporada, média de 3 por jogo. Foram 91 passes completos em 134 tentativas, o que dá um aproveitamento de 68%, equivalente à maioria dos QBs da NFL e muito acima do que se vê no Brasil. Em 7 jogos, Lucas Shaw lançou para 1.576 jardas, média de 225 jardas aéreas por jogo.

O principal alvo do gringo vem sendo o WR Lipe Fernandes #9, que já recebeu 9 passes para touchdown na temporada e briga pela artilharia do campeonato. Ao todo o wide receiver completou 27 passes para 502 jardas, entre eles um passe de 99,5 jardas para touchdown, o mais longo já registrado no TTD. “Jogar com o Lucas é fácil. Ele bota a bola exatamente onde o WR quer receber. Você não precisa desacelerar pra completar o passe”, elogia o camisa 9 vascaíno.

Outro jogador que vem sendo muito acionado na temporada é o wide receiver Rudá #13, que veio do Botafogo no início de 2014. Até agora ele completou 23 dos 25 passes lançados em sua direção, com um impressionante aproveitamento de 92%. Os 4 TDs, 11 first downs e 322 jardas conquistadas fizeram dele uma das opções mais seguras no ataque vascaíno. O desempenho de altíssimo nível da dupla de recebedores impressionou até mesmo o quarter-back americano. “Eu fiquei realmente surpreso com os meus recebedores quando cheguei aqui. Eles compensam o fato de não serem tão altos, com velocidade, rotas perfeitas e um ótimo catch. A impressão que eu tenho é que toda bola que toca nas mãos deles é passe completo”, afirma Lucas Shaw.

A mudança no estilo de jogo, priorizando os passes em detrimento das corridas, não incomodou o running back Rômulo Ramos, o principal corredor vascaíno. Versátil, R-40 passou a se destacar também no jogo aéreo. Nesta temporada, já tem 13 passes completos (de 14 tentados), para 203 jardas. Mas é por terra que ele continua fazendo estrago nas defesas. R-40 já anotou 7 TDs correndo e tem média de 8,9 jardas por corrida. “Para um RB, fica até mais fácil correr quando o ataque é forte nos passes, porque isso afasta os LBs e DBs do box. As defesas têm sofrido contra a gente, porque estamos muito bem, tanto nos passes quanto nas corridas”, destaca o running back.

Essa versatilidade ofensiva é apontada pelo coordenador ofensivo, Thiago Prates, como a grande arma do Vasco Patriotas na temporada 2014. “Os adversários costumavam encher a scrimmage contra a gente, por causa do nosso tradicional jogo corrido. Agora, quando fazem isso, levam bola nas costas. E se eles afastam a marcação, nós ainda temos uma ótima OL e o melhor RB do Brasil. Ou seja, podemos alternar entre passes e corridas com a mesma eficiência, dependendo de como o adversário estiver postado”, analisa Prates.

A opinião é endossada pelo head coach Gabriel Mendes, que acredita que o Vasco Patriotas finalmente encontrou um equilíbrio entre os setores. “Nas últimas duas temporadas, sempre que enfrentamos adversários fortes, nosso ataque teve dificuldade para pontuar. Em 2012, só fizemos 3 TDs nos playoffs e no ano passado, não fizemos um único TD na pós-temporada. É muito pouco pra quem quer ser campeão. Este ano, tenho certeza de que o ataque vai pontuar bem, independentemente do adversário. E a defesa também está mais agressiva. Este ano, a defesa já fez 6 TDs e provocou mais turnovers do que em todos os anos anteriores. Ou seja, temos um elenco equilibrado e pronto pra ser campeão”, afirma o técnico vascaíno, destacando os números que comprovam a evolução do time vascaíno, em comparação com a última temporada. “Em 2013, nosso ataque fez 21 TDs na temporada regular. Este ano, fizemos 35. No ano passado, conquistamos 224 jardas por jogo, bem abaixo das 362 jardas desta temporada.”