O Vasco da Gama é bicampeão da IV Copa Brasil Manaus (2014/2012), competição que foi disputada na arena montada no Complexo Turístico da Ponta Negra (Avenida Coronel Teixeira, próxima ao Anfiteatro).
Na final encerrada na manhã deste domingo, dia 30, o ‘Trem-Bala da Areia’ venceu o Sport Recife por 6 a 2 (gols de Lucão (2), Igor, Mauricinho, Bueno e Bokinha, para os cariocas, Fernando DDI e Andrezinho, para os pernambucanos) e ‘pintou’ de preto e branco um dos mais belos cartões-postais de Manaus.
Diante de arquibancadas lotadas e de sua fanática torcida, o ‘Gigante da Colina’ mostrou força chegando à final pela terceira vez em quatro anos (vice-campeão em 2011), quebrando a invencibilidade no torneio do time pernambucano, vice-campeão pelo segundo ano consecutivo, e escrevendo seu nome com letras douradas na história da competição. Na preliminar, o Flamengo derrotou o Vila Velha por 4 a 3 (gols de Dino Tambaú (2), Digo Gama e Rafinha, para os cariocas, Anderson, Leandrão e Camilo Neves, para os capixabas) e garantiu o terceiro lugar. Nas areias de Manaus, uma festa portuguesa, com certeza.
“Esse é um grupo que trabalha muito e essa conquista é resultado dessa dedicação e da estrutura que temos. Somos um grupo que tem amor à camisa, confiança no projeto e, isso, faz do Vasco da Gama o maior campeão do beach soccer mundial. Temos todos os títulos, estamos vindo numa sequência de três conquistas importantes este ano. Temos um grupo unido, mas não apenas de boca, mas de atitude, e está aí a prova disso”, afirmou o capitão Jorginho, lembrando que o clube é campeão mundial (2011), bicampeão da Copa Brasil (2014/2012), campeão do Estadual do Rio (2014), entre outros.
Destaque do Sport Recife, Fernando DDI, defensor da Seleção Brasileira, enalteceu a campanha dos pernambucanos.
“Foi uma batalha grande, chegamos à decisão pelo segundo ano consecutivo e não vamos baixar a cabeça. Fizemos um excelente torneio, estamos fortes, perdemos nos detalhes. Temos coisas a ajustar, mas essa derrota não tira o brilho do que fizemos aqui. Chegamos um pouco cansados, perdemos o Dieguinho, mas lutamos e o Vasco mereceu a vitória”, disse o camisa 7.
Na preliminar, abrindo a programação, o Flamengo, campeão em 2013, derrotou o Vila Velha por 4 a 3 (gols de Dino Tambaú (2), Rafinha e Digo Gama, pelos cariocas, Anderson, Leandrão e Camilo Neves, para os capixabas) e garantiu o terceiro lugar na capital amazonense. Após o término do campeonato, a organização anunciou os prêmios individuais do campeonato: Andrezinho (Sport Recife) foi eleito ‘Revelação’, Cesinha (Vasco da Gama) foi escolhido o ‘Melhor Goleiro’, Reyder (Vitória) foi o ‘Artilheiro’ (6 gols) e Lucão (Vasco da Gama) recebeu o troféu de ‘Melhor Jogador’ da IV Copa Brasil.
SPORT RECIFE 2 x 6 VASCO DA GAMA
Bola rolando e, logo no primeiro ataque, Bokinha foi derrubado. Cobrança de falta perigosa, frontal, e o camisa 7 viu a bola estourar na trave. Sem contar com o paraibano Dieguinho – que se machucou na semifinal contra o Flamengo -, mas com a volta de Leandrinho – que cumpriu suspensão na semi -, o Sport Recife não mudou seu estilo, cadenciando o ritmo com Fernando DDI e Du Alves. Calor forte, muita catimba e poucos espaços, assim foram os primeiros minutos da decisão, até que Bueno, de canhota, acertou um belo chute no ângulo, sem chances para Du: Vasco da Gama 1 a 0, aos 4’. No ataque seguinte, Bueno quase aumentou de bicicleta. Mas o ‘Gigante da Colina’ não demorou a ampliar. Numa bela trama do ataque, Lucão lançou Jordan, que tocou de cabeça e Bokinha só escorou para o fundo das redes: 2 a 0, aos 5’52″. O time pernambucano precisava reagir, Felipe teve boa chance, mas a bola passou rente à trave de Cesinha. Du fez o lançamento preciso e Fernando DDI, mostrando habilidade, tocou com categoria na saída do goleiro vascaíno: 2 a 1, aos 9’38″, placar da primeira etapa da decisão.
Andrezinho salvou o que seria o terceiro gol do Vasco, após uma saída atrapalhada de Du Alves, no chute de Lucão. Mas, em outra bobeada dos nordestinos, DDI recuou para Du e foi traído pelo quique da bola. Mauricinho aproveitou, dominou a bola e, com tranquilidade, chutou sem chances para o goleiro: 3 a 1, aos 2’30″. Juninho, em cobrança violenta de falta, bateu forte e Cesinha mostrou sorte, vendo a bola bater nas duas traves e sair, aos 3’30″. A resposta vascaína veio com Jorginho, numa bicicleta que passou muito perto. Felipe obrigou Cesinha a se esticar todo para evitar o gol, aos 8’51″. O Vasco parecia sentir o desgaste dos cinco jogos em cinco dias e dava campo aos adversários. DDI achou um belo voleio e Cesinha fez defesa sensacional, aos 9’30″. Os minutos finais da etapa foram eletrizantes, o Sport lutava, mas dava espaços e Bokinha, cara a cara com Du, cabeceou à queima-roupa e o goleiro pernambucano fez um milagre. Igor, a 20 segundos do fim, ampliou: 4 a 1.
Doze minutos para o ‘tudo ou nada’ rubro-negro. Doze minutos para o bicampeonato vascaíno. O último período começou quente, o Sport corria contra o relógio, tinha um adversário experiente e uma desvantagem grande no placar. E Andrezinho marcou logo a 19 segundos do período final: 4 a 2. Lucão esfriou a reação, tocando na saída de Du Alves, sendo ajudado pelo ‘montinho-artilheiro’, e a bola encobriu o goleiro: 5 a 2, aos 2’33″. O ‘Leão da Ilha’ tinha pressa, mas o cansaço era nítido. O Vasco da Gama tocava a bola, não tinha pressa, e os primeiros gritos de ‘bicampeão’ já eram ouvidos no meio do tempo. As coisas ficaram ainda mais difíceis depois que Juninho levou cartão amarelo por simulação. O atacante reclamou e foi expulso. De falta, Lucão aumentou: 6 a 2, aos 5’41″. Nos minutos finais, o Vasco da Gama controlou a partida até o apito final para começar a festa com o ‘Casaca’ a plenos pulmões.