O mundo inteiro tem se resguardado em casa por conta da pandemia do COVID-19 (Coronavírus), mas isso não significa que as Meninas da Colina estão paradas aguardando a rotina voltar ao normal. Após um empate em 1 a 1 com o Goiás na estreia no Campeonato Brasileiro da Série A2, a CBF determinou a parada das competições por tempo indeterminado e o Vasco suspendeu os treinamentos. Mesmo assim, a comissão técnica do futebol feminino do Cruzmaltino não ficou parada. A preparadora física Jaqueane Correa montou uma série de treinamentos e passou para que as atletas realizem dentro de casa.
- Tenho utilizado alguns métodos com as meninas de alta intensidade e curta duração. Como o HIIT (tipo de treino usado para condicionamento físico onde o praticante faz exercícios intercalados de alta intensidade e baixa intensidade). Temos optados por atividades curtas. O grupo que joga o Brasileirão da Série A2 faz com uma carga média pra avançado, o Sub-16 faz mais um trabalho coordenativo, de consciência corporal e o trabalho do Sub-18, para quem não está na equipe adulta é mediano - explicou Jaqueane, antes de completar como tem feito esse tipo de trabalho mesmo que as jogadores não tenham material em casa:
- Já o segundo plano para o grupo que participa do Brasileirão da Série A2 é um trabalho preventivo, de core, estabilidade, mobilidade e de exercícios com o peso corporal mesmo, como isometria, agachamento. São atividades com o peso livre, com nenhum tipo de exigência de material, como elástico ou peso ou anilha. Sabemos que não são todos que tem o recurso desses materiais em casa. São exercícios mais voltados para o tempo de execução e intervalo.
Neste momento, a tecnologia tem sido uma aliada para a preparação física do Vasco. O contato diário de Jaqueane com as Meninas da Colina tem sido feito através de Whatsapp, onde ela recebe um retorno das atletas sobre como cada uma tem reagido aos trabalhos. As conversas são realizadas de forma individual e a projeção é fazer uma vídeoconferência com cada grupo para estreitar ainda mais essa relação e conseguir resultados ainda melhores.
- Tenho enviado os treinos categoria por categoria e todos os dias que elas treinam, recebo um feedback do que aconteceu no treino, como elas sentiram o trabalho e se estou com alguma dor excessiva para que a gente modifique. A abordagem tem sido feita individualmente com cada atleta. Estou pensando para as próximas semanas fazer uma live ou reunião de videoconferência com os grupos para dar uma vídeo aula e conversar com elas também. Saber como estão os treinos, algum assunto específico que pretendo falar com elas, como elas tem sentido a intensidade dos treinamentos... esse tipo de conversa - finalizou.