Política

Fuzarca publica nota: 'A farra dos guardanapos'

Em julho de 2008, o Vasco foi tomado sob a manipulação do quadrilheiro Sérgio Cabral Filho, seus tentáculos no Judiciário fluminense, a extensão de sua turma dentro do clube e a parceria com os blogueiros profissionais de então, responsáveis pela propaganda massiva contra o sucesso da Instituição.

Ali foi disseminado o micróbio que se entranha, o vírus que se dissemina, o câncer metastático, o ovo da serpente. 

O tapete estendido pelo presidiário abriu os caminhos para a mentira sistêmica. Desde então, em 11 dos últimos 14 anos o Vasco vive sob a promessa da “transparência, competência e credibilidade”, planilhas perfumadas, estratégias coreográficas, clichês de marketing, linguajar afetado.

A realidade que é entregue ao seu torcedor, ao contrário do que dizem aqueles que ainda tentam manipular mentes 14 anos depois, é a tragédia administrativa, esportiva e intelectual. Os números e desempenhos comprovam: incremento de 700 milhões em dívidas, 4 rebaixamentos na conta dessa gente exclusivamente e uma farofada identitária que fere a História gloriosa de uma Instituição que está 100 anos à frente quando o assunto é respeito ao próximo e, por isso, não deveria perder tempo com paspalhice meramente mercadológica.

O problema é que a tragédia também deixou de ser pontual. É uma tragédia alastrada, expandida e que se não for contida já, levará o clube à extinção em poucos anos.

Mais do que nunca, o vascaíno precisa estar atento aos imbecis que se proclamam sábios. Eles também são os covardes das pilastras. Mais do que nunca, o vascaíno precisa identificar os picaretas que tentam passar por ilibados. Eles também são os vagabundos que vendem simpatia. Mais do que nunca, o vascaíno precisa notar que os guardanapos de lá ainda tentam esconder o desastre fulminante que se abateu sobre o clube.

Não há mais tempo para se enganar com os malabaristas da conversa fiada: não se pode mais acreditar que eles falharam, na medida em que são o erro contínuo, o fracasso expresso, registrado, cravado na linha do tempo.

Reagir à sobra vascaína da gangue do Cabral é um dever cívico. O Grupo Fuzarca propôs, junto a outros grupos políticos, que sócios se mobilizem em torno da convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária a fim de discutir os mandatos atuais concedidos às canetadas pelo Judiciário. É certo que mandatários “eleitos” em um pleito sustentado por um conluio obscuro é fato que só poderia resultar no cardápio oferecido em 2021. O primeiro passo é contê-los.

Pretende-se, dessa forma, avançar além de protestos, repúdios, notas e revolta restrita às redes sociais. Oferece-se com a medida um caminho. Entende-se que este é o primeiro dos degraus de reação àquilo que, há muito, já transbordou.

O ponteiro iniciou a última volta. Não se pode esperar a próxima quinquilharia retórica, o próximo discurso cosmético ou a próxima falácia pós-moderna, última moda em modelos administrativos da geração PDG (Pica das Galáxias). Se os vascaínos ainda não se convenceram de que foram redondamente enganados e propositalmente ludibriados pela fina flor da incompetência e má intenção talvez fique tarde demais. Ou é agora, ou o lamento será ainda mais profundo em breve.

Fuzarca!

Fonte: Fuzarca
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