O Vice-presidente geral do Vasco, Carlos Roberto Osório, foi citado pela segunda vez, por delatores diferentes, no esquema de propinas da FETRANSPOR.
Em 2019, Osório foi delatado por Lelis Teixeira, executivo da própria FETRANSPOR. Na ocasião, o delator disse que Osório recebeu como secretário de transportes propinas de 160 a 200 mil mensais entre 2012 e 2015.
(ver https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/11/19/esquema-de-propina-na-fetranspor-desviou-r-120-milhoes-e-impactou-preco-de-passagem-no-rio-diz-delator.ghtml)
Na última semana, seu nome voltou a aparecer como beneficiário de propinas no mesmo esquema da FETRANSPOR, desta feita na delação de José Carlos Lavouras. O valor total recebido por Osório teria sido de R$ 3.580.000,00.
(ver https://www.jornalcorreiodamanha.com.br/colunistas/claudio-magnavita/6185-coluna-magnavita-lavouras-aponta-politicos-e-ate-orgaos-federais)
Osório foi secretário municipal de transportes na primeira passagem de Eduardo Paes pela Prefeitura do Rio. Posteriormente, tornou-se secretário estadual de transportes no governo estadual durante o mandato de Pezão.
Outra delação contra Osório foi feita em 2018 pelo chamado “homem da mala” do esquema Sérgio Cabral Filho, condenado a 300 anos de cadeia até aqui. Carlos Miranda disse no âmbito da Lava-jato do Rio de Janeiro que a família do então deputado estadual havia se beneficiado de 70 milhões de reais pela desapropriação de um terreno após suposto pagamento de propina.
O VP do Vasco responde desde 2017, também, a Ação Civil Pública que denunciou 30 réus, entre eles o ex-governador do Estado Sérgio Cabral, pela formulação de quatro termos aditivos ao contrato das obras na Linha 4 do metrô que teriam causado prejuízos de mais de R$ 3,1 bilhões ao estado, resultantes de superfaturamento e sobrepreço na execução.
(ver https://www.portalviu.com.br/cidades/juiza-procura-pezao-no-escandalo-metro)
Carlos Roberto Osório declarou nos seus primeiros dias de mandato que “o Vasco foi saqueado nos últimos 20 anos”. Seu back, o doutor Duque Estrada, chegou a dizer que com a ascendência da atual diretoria por vias judiciais, “criaturas do pântano” estavam sendo afastadas do clube.
Os vascaínos esperam a apuração dos fatos. Embora os indícios sejam consideráveis, é preciso aguardar a devida conclusão dos inquéritos.
Contudo, como os que foram alçados ao Poder no Vasco por uma decisão judicial garantiam ser idôneos em primeiríssimo lugar, bem distantes de pântanos e saqueadores, é preocupante que até neste tema o clube possa estar sendo vítima, novamente, de estelionato eleitoral.
Grupo FUZARCA!