Galdino: "Quem vir o Vasco na Copa São Paulo não se arrependerá"

A perda da hegemonia do Brasil no futebol mundial ficou clara com o passeio dado pelo Barcelona sobre o Santos no Mundial de Clubes, no Japão. É a vitória de uma metodologia de trabalho nas divisões de base, em La Masia — CT da base —, que dura três décadas: dos tempos do holandês Johan Cruyff no clube catalão. Modelo a ser copiado, o Barça ensina, como bêabá do futebol, o garoto a manter a posse de bola, usar o jogo coletivo, atuar de forma compacta e, por diretriz, não faz do resultado a senha para vida longa dos técnicos e administradores. No Nou Camp, a regra é valorizar o talento e o estilo azul e grená de ser nos campos.

O Barcelona que fez Neymar de bobo no Japão tinha 15 jogadores revelados em casa, dos 24 da delegação. Feras criados com o DNA de La Masia. Que seguem à risca a filosofia implementada, lá atrás, por Johan Cruyff — quando jogou pelo clube — craque do Carrossel Holandês de 74. O período sem títulos veio ao Barça, mas a proposta foi blindada.

No Rio, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo se equilibram entre o sonho de uma base à Barcelona e a necessidade de conquistas, que pressiona garotos e também demite técnicos. O mais importante é colher resultados e não frutos...

— As coisas boas nós temos que copiar. Quem assistir o Vasco na Copa São Paulo de Juniores não irá se arrepender — disse o técnico Galdino, dos juniores do Vasco.