Em 1965, Carlos Roberto Orrigo da Cunha, rapidamente apelidado de Gaúcho, desembarcou no Rio vindo do Sul, aos 12 anos, para jogar bola. Achou abrigo no Vasco, teve sua carreira lançada e ganhou o mundo, posteriormente, como treinador. Hoje, 45 anos depois, deverá ter a chance de comandar o time no clássico contra o Flu, domingo, ainda que como um interino.
Animado, o professor dos juniores alertou, em entrevista aoLANCE!: haverá mudanças a partir da atividade de hoje, em que vão sair os titulares para o confronto.
Algumas coisas têm de ser feitas, com certeza. Trata-se de uma equipe que vem de derrotas, que não condizem com a tradição do Vasco. Vou observar, juntamente ao Jorge Luiz (auxiliar dos profissionais), mas vamos mudar a partir de domingo, para que o Estadual não seja perdido confirmou.
Gaúcho também mostrou muita confiança e nem cogita a hipótese de não assinar a súmula no jogo diante do Tricolor, seu freguês à época de jogador no Rio de Janeiro.
Trabalho para estar lá e, depois, muito pode acontecer. Sempre esperei por essa oportunidade e não posso desperdiçá-la agora que a tenho nas mãos. É uma das coisas mais legais da minha vida, e estou preparado para ir ao meu limite conclamou Gaúcho, ainda como se fosse atleta.
Nos últimos anos, o treinador passou por Americano e Boavista, além do futebol árabe. Mas não faltam clubes de cacife na carreira.
Já estive no Atlético Mineiro e momentos de turbulência todos vivem. Sei bem como é, mas vamos sair dessa dando as mãos. Conversarei com os jogadores garantiu.
O citado Jorge Luiz confia no potencial de Gaúcho, a quem admira.
Não importa muito quem estará à frente. Tudo em benefício do Vasco.
E Gaúcho é um grande profissional e tem condições de nos manter com chances no Carioca avisou.
Gaúcho disse ao L! que mal consegue medir o orgulho que sente por dirigir o Vasco, após décadas de dedicação