Após o pedido de demissão de Cristovão Borges, o auxiliar Gaúcho foi anunciado como o técnico interino para a partida desta quarta-feira, contra o Palmeiras, em São Januário. Ex-jogador do clube, ele se mostra disposto a ajudar a equipe e não cogita permanecer no cargo por mais tempo, apesar do presidente Roberto Dinamite garantir que iniciará a procura por um novo nome no mercado.
- Eu nunca fui auxiliar na minha vida. Sempre fui técnico. Sou técnico desde 1985. Trabalhei em vários clubes do Brasil e de fora. Fui campeão em vários lugares. Essa situação de ser auxiliar foi porque fiquei mais próximo do Vasco, é o meu clube, mas sempre fui treinador. Eu sou um treinador do mercado e estou no mesmo nível dos demais - disse ao LANCENET!.
Gaúcho, assim como os demais membros da comissão técnica, não estava ciente do pedido de demissão de Cristovão e foi pego de surpresa.
- Ele não falou nada. Eu estava voltando do treino, chegando em casa, quando fui informado que ele tinha saído. Não estava sabendo - garantiu.
Já projetando o futuro, o técnico-interino mostrou total confiança numa volta por cima da equipe já na partida contra o Palmeiras.
- É um primeiro passo esse jogo agora. É mexer com o grupo, com os atletas. É levantar e sacudir a poeira. A grandeza do Vasco não aceita qualquer tipo de fracasso. Fracasso é longe do Vasco. Isso tem que ser bem claro. Joguei 13 anos e sei bem. Temos que fazer uma boa partida. Tem que botar coragem, dinamismo, amizade e coração para sair disso aí, porque o Vasco vinha num trilha muito boa - declarou.
Gaúcho já teve a oportunidade de ser efetivado como treinador do Vasco. Foi em março de 2010, quando Vágner Mancini havia sido demitido. Ele comandou a equipe em dez partidas, somando seis vitórias, um empate e três derrotas. Como jogador, atuou na década de 70, sendo campeão brasileiro em 1974. Retornou ao clube em 2009 como técnico dos juniores e no ano seguinte passou a ser auxiliar dos profissionais.