Futebol

Gaúcho tem 69% de aproveitamento mas, sob pressão, pede mais tempo

Por mais que Gaúcho lembre sempre que está acostumado com a pressão no cargo de treinador, a expressão do técnico na véspera do jogo desta noite, às 22h, contra o Nova Iguaçu, não era de naturalidade. Com aproveitamento de 69% em 14 jogos seguidos no comando do Vasco - contando os quatro últimos do Brasileirão 2012 -, o treinador sabe que a oportunidade de seguir no trabalho que praticamente foi reiniciado na pré-temporada pode escapar das suas mãos em caso de novo tropeço.

- Estava puxando um ferro. Para aliviar a tensão - brincou o técnico, assim que chegou à sala de imprensa, que fica ao lado da musculação dos jogadores em São Januário, antes de falar sobre o jogo que pode ser derradeiro para sua terceira fase como técnico do Vasco.

Na véspera da final da Taça Guanabara, o treinador disse que a atual chance era aquela que sempre esperou na carreira. Em 2010, quando assumiu o time após a queda de Vagner Mancini, ele se frustrou por ter ficado apenas 10 jogos, com seis vitórias, três derrotas e um empate. No seu lugar assumiu Celso Roth, que deixou o clube depois de apenas quatro jogos, ao receber proposta do Internacional.

Entre a saída de Cristóvão e a chegada de Marcelo Oliveira, ainda dirigiu o time mais uma vez, com vitória antes de ceder a vez novamente. Mas agora as condições são outras. Todos problemas do Vasco neste início de temporada, já previamente conhecidos (falta de dinheiro, jogadores inscritos apenas para o segundo turno, contusões, entre outras coisas), podem extender a avaliação da diretoria em caso de derrota. René Simões disse, durante a semana, que o momento é de trabalho e de reflexão. Ricardo Gomes, como de hábito nesse retorno ao Vasco, ficou discreto. E Gaúcho encara a pressão de frente.


\"O Vasco está fazendo um grande trabalho. O que precisa acontecer agora é que a bola tem que entrar, para termos tempo para formar um grande time\"

Gaúcho - Ter 69% de aproveitamento é coisa para caramba no futebol brasileiro. Chegamos na final de turno com equipe em formação, que perdeu mais de 10 jogadores, ganhou outros 10, em apenas dois meses de trabalho. Se for avaliar com tranquilidade isso tudo, você vai ver que o Vasco está fazendo um grande trabalho. O que precisa acontecer agora é que a bola tem que entrar, para termos tempo para formar um grande time - reforça o treinador.

Apesar da autoavaliação do seu trabalho e da esperança de ter mais tempo, o experiente treinador, de 60 anos, não esconde a análise fria ao ser questionado se está tranquilo, com respaldo da diretoria, caso aconteça um resultado negativo em Volta Redonda:

- O técnico de futebol nunca está tranquilo. Só pensamos no próximo jogo e na vitória. Isso é o que importa amanhã (nesta quarta-feira) - lembra o técnico.



Sintonia


No dia a dia, o trabalho de Ricardo Gomes ao lado de Gaúcho pouco é notado. O diretor de futebol vez ou outra aparece na beira do banco de reservas, observa os treinamentos e depois conversa com a comissão técnica. Gaúcho não deixa de ressaltar “uma sintonia muito grande” entre os dois.


- Nós chegamos antes nos treinamentos, conversamos, trocamos ideias. Nos jogos, o Jorge Luís (ex-jogador e hoje auxiliar) sempre traz as observações do Ricardo, que não desce para o vestiário no intervalo. Aí analiso o que vamos fazer - relata Gaúcho.


A dupla também tem à disposição um rádio-transmissor que fica na mão de Carlos Germano, em caso de mensagem de Ricardo Gomes durante os jogos. Tudo pelo bem da parceria.


- Mas não adianta, no futebol quando perde sempre se tenta buscar coisas que não existem. Quando o futebol é muito simples. Você escala o time sem saber o que vai acontecer em campo - ensina Gáucho.

Fonte: ge
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