Geovani Silva e Romário foram companheiros no Vasco da Gama e Seleção Brasileira. Juntos, conquistaram vários títulos, como o Carioca de 1988 e a Copa América de 1989; esta, inclusive, a última vez que jogaram juntos. A parceria tão conhecida dentro de campo, também era forte nos vestiários. O Príncipe da Colina revelou que o baixinho lhe dava o "bicho" após as partidas, tamanha a ajuda recebida para marcar seus gols.
Os dois só voltaram a jogar juntos neste fim de semana, após um hiato de 27 anos, no Espírito Santo, pelo evento beneficente Gol Azul, realizado pelo capixaba Sávio, que chama a atenção das pessoas para o autismo. O ex-meia do Vasco e da Seleção contou que nunca mais havia jogado com o baixinho, nem mesmo contra. Lembra a história dos bichos e não poupa elogios ao velho companheiro.
- O Romário subiu em 85 e, como sou mais velho, eu subi em 82. Nós jogamos muito tempo juntos, no Vasco e na Seleção Brasileira. O Romário não era fácil, ele me dava o bicho. A gente dava o passe e ele botava a bola para dentro do gol. O Romário era muito difícil de perder gol, se tivesse uma chance, ele matava. Então é um artilheiro nato. É o único jogador hoje que é comparado a um dos melhores do mundo, dentro da área. Igual o Romário, dentro da área, não tinha igual - finalizou Geovani.
Por conta de alguns problemas de locomoção, Geovani Silva foi substituído ainda no primeiro tempo da partida. Já o baixinho não marcou nenhum gol, mas deu passe para o anfitrião Sávio abrir o placar da partida beneficente.
Geovani analisa momento atual do futebol: "craque hoje só Neymar e Coutinho"
O ex-jogador capixaba criticou a velocidade com que alguns jogadores são taxados de craque. Para Geovani os próprios atletas ficam com essa necessidade de se afirmarem acima da média e depois não conseguem dar sequência na boa fase e acabam encostados nos clubes.
- Nós temos que parar com essa mania que o jogador joga dois jogos e é chamado de craque. Craque é o Romário, que parou de jogar e é ídolo até hoje. Craque é o Zico, que é ídolo até hoje também. Esses são os craques, esses jogadores que estão começando hoje, com um ou dois anos de carreira, podem ser considerados grandes jogadores, mas craque, hoje, só o Neymar, o Philippe Coutinho. Esses são craques hoje, com a idade que tem, mas os outros ainda não são. São jogadores que completam elenco e que podem ser craques algum dia. Esse é o grande desejo do jogador brasileiro, joguei uma partida e sou um craque, depois não joga mais e fica um monte encostado - finalizou.