No clássico entre Fluminense e Vasco, disputado no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, um desgaste entre os clubes foi iniciado. Isso porque, o Tricolor, mandante da partida, exigiu do consórcio que administra o Maracanã o direito de alocar a sua torcida no lado direto das arquibancadas do Maracanã, local onde os cruz-maltinos ficavam. Como resposta, a diretoria vascaína fez grande esforço e investiu cerca de R$ 250 mil em obras no estádio para poder mandar o clássico do segundo turno, que será disputado no próximo dia 9 de outubro, na Colina.
Apesar das obras terem sido iniciadas há pouco mais de uma semana e terem a previsão de entregue para a primeira semana de outubro - dias antes da data marcada para a partida - , o Gigante da Colina já dá a realização do clássico em seu estádio como garantida.
- Nós não estamos pensando. O jogo contra o Fluminense será em São Januário. Isso já é uma certeza. O Gepe já nos autorizou. Eles pediram para fazermos algumas obras como medida de segurança e nós já estamos fazendo. Estamos aumentando os portões, que agora vão abrir para fora a 90 graus, para facilitar a saída do estádio. Além disso, aumentaremos o número de catracas. Então, quando tudo estiver pronto, estamos autorizados - disse Manuel Barbosa, vice-presidente de patrimônio do Vasco.
O tenente-coronel João Fiorentini, comandante do Gepe (Grupo Especial de Policiamento em Estádios), disse que o jogo pode acontecer na Colina se algumas exigências forem cumpridas.
- O Gepe já havia dito isso há dois anos. Se fosse 90% a 10%, o jogo pode ser lá. E o Vasco está fazendo obras em São Januário que fazem parte das nossas exigências - destacou Fiorentini.
Segundo a diretoria do clube, atualmente, a capacidade máxima da Colina é de 24.870 pessoas. Porém, para atender as normas de gratuidade, o Vasco deve disponibilizar 22 mil ingressos. Com isso, a torcida do Fluminense teria direito a duas mil entradas.
Há uma grande preocupação da polícia é com possíveis confrontos entre os torcedores. O tenente-coronel Fiorentini, no entanto, afirma que a escolta da torcida organizada do Fluminense será identica a das torcidas de outro estádio. Porém, se mostra a favor de uma grande divulgação para o torcedor comum.
- A escolta da torcida adversária vai depender de uma reunião para sabermos por onde e como essa torcida vai se locomover. Mas não será diferente de uma torcida de fora. Vai ser uma escolta como quando o Corinthians ou Santos, por exemplo, jogam aqui. Porém, um grande número de torcedores avulsos também vai assistir o jogo. Nem todos irão com as organizadas. Mas isso se resolve se divulgarmos bem a notícia - acrescentou.