Torcida

GEPE pede colaboração do torcedor do Vasco

Rio - Um ônibus em chamas seguido de briga que matou um corintiano na Marginal do Tietê em 2009 ainda faz policiais atuarem como bombeiros para a apagar a incendiária rivalidade entre facções do Vasco e do time paulista. Para que o jogo de hoje às 22h seja eliminatório apenas em campo, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) pede que o torcedor chegue cedo a São Januário, onde um efetivo de 410 pessoas, sendo 160 dentro do estádio, terá o apoio do Juizado Especial Criminal para prender e julgar sumariamente os responsáveis por atos de violência.

— Pelo Estatuto do Torcedor, qualquer ato de violência pode determinar pena de um a três anos e afastamento do estádio. Além disso, há as penas previstas no código civíl — disse o comandante do Gepe, o Tenente Coronel João Fiorentini, usando a força da lei como instrumeto de educação nos estádios. — Dois torcedores do Botafogo, que agrediram um do Fluminense na primeira partida do Estadual, foram autuados ainda no Engenhão e já estão presos em Bangu por tentativa de homicídio.

Por solicitação do Ministério Público de São Paulo, o órgão carioca atuou em conjunto com a PM na preparação de um esquema preventivo para o jogo de hoje. Na semana passada, representantes de facções corintianas vieram ao Rio para estabelecer os direitos e deveres da caravana, que terá cerca de 30 ônibus para trazer 2 mil torcedores. Desde a entrada do comboio no Estado do Rio, em horário não divulgado por questão de segurança, a PM fluminense fará sua escolta com 60 homens. Ao contrário da dispersão do grupo, pelo menos uma hora depois do jogo, o horário de chegada a São Januário ainda está em aberto.

— Vai depender deles, da hora que chegaram ao ponto de encontro. Ou entram bem antes ou já com o jogo iniciado. Pelas ruas estreitas em seu entorno, São Januário já é difícil de ser acessado de carro e quase impossível de ônibus. Com trinta ônibus, ninguém mais chega. Não podemos prejudicar 30 mil pessoas em prol de 2 mil — disse Fiorentini, ao pôr o interesse coletivo para estabelecer limites. — Todo o material que a torcida do Vasco levar, como faixas, bandeiras e instrumentos, a do Corinthians também terá direito. Mas como há um problema de espaço no estádio, a quantidade será limitada para os dois lados.

Como a capacidade de acesso também é condicionada pelo número de roletas, a PM reforça o pedido para que o torcedor não chegue na última hora. Um levantamento do Gepe mostra que apenas 20% do público total entra no estádio duas horas antes do jogo.

— Quase 60% entram nos últimos 20 minutos. Assim não há estádio do mundo que suporte — disse Fiorentini

Para facilitar o fluxo, a PM pediu que a Guarda Muncipal reprima os vendedores ambulantes principalmente nas entradas de São Januário. Dentre todos os estádios do Rio, apenas no Maracanã há a proibição da venda de alimentos e bebidas em seu entorno.

— Seria bom que a medida se estendesse aos demais estádio para evitar que o torcedor fique tanto tempo do lado de fora. A questão principal é reforçar a necessidade de entrar bem antes do jogo — disse o comandante do Gepe, preocupado que a plateia não seja o centro das atenções, salvo pela beleza da festa. — A rivalidade só pode ser admitida dentro de campo.

Fonte: Globo Online
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