A derrota do Vasco para o Ceará, por 2 a 1, no Castelão, abriu a rodada 4 do Brasileiro, confirmando tendência: o time de Fábio Carille é, com esforço dos jogadores e benevolência da torcida, um conjunto para somar, em média, 1,5 ponto por rodada - como refletem os seis pontos obtidos até aqui. Desempenho acima disso é reservado aos times com potencial para figurar no G-4, e o Vasco não está entre eles. Seus zagueiros são sofríveis, os volantes pouco confiáveis, e o meio sem Coutinho é ineficiente. O técnico, coitado, esvaziado no cargo, tenta se equilibrar num plano de jogo que pode até produzir melhora aqui ou acolá. Mas sem muita chance de sair deste patamar. Se a média for mesmo essa de 1,5 ponto por rodada, o clube somará 57 ao final das 38 rodadas e encerrará a Série A brigando por honroso lugar entre os dez primeiros na classificação. É frustrante, mas é a realidade de um clube em recuperação judicial, que há quase um ano não faz novas receitas significativas e que caminha com dificuldades, escorado na paixão de seus torcedores.