Pode ser que a torcida do Vasco veja um outro time em campo a partir do jogo da noite desta quarta-feira, contra o Americano, em São Januário.
Não apenas pela volta da armação com dois zagueiros, com a presença de três volantes no meio.
Mas porque os jogadores já perceberam que, em caso de fracasso no Estadual, o técnico Vagner Mancini não pagará a conta sozinho.
Na verdade, os 11 novos jogadores que chegaram ao clube este ano ainda não entenderam o que é o Vasco e o quanto é pesado o fardo a ser carregado.
Bem ao contrário do grupo montado por Dorival Júnior em 2009, escolhido sob medida para tirar o time da Série B.
Naquele elenco, naquele time, a excelência técnica ficou em segundo plano, valendo mais o comprometimento, o desejo de crescer e o espírito coletivo.
Para este ano, a montagem do time levou em conta a qualidade que cabia no orçamento do clube e a experiência.
Parece ser que essa mistura modificou o DNA do grupo e seu criador agora não dá conta de suas monstruosidades.
O comprometimento não é o esperado e o abatimento de alguns diante das mazelas administrativas e financeiras explica o espírito indolente e abaixo da crítica do time.
O recado foi dado: o Vasco é um só e a receita do sucesso não tem divisão.
Tive a impressão que de agora em diante ou time vascaíno se emenda, ou a demissão de Vagner Mancini virá acompanhada de três ou quatro rescisões...