As derrotas do Grêmio para o Sampaio Correa (1 a 2) e do Bahia para a Chapecoense (1 a 3), ambas fora de casa, na sexta-feira (30), mostraram que o 1 a 1 do Vasco com o Londrina, na quinta (29), embora frustrante, não fugiu do roteiro desta edição da Série B.
Para o desespero dos alarmistas, a mediocridade é geral, característica da segunda divisão do futebol brasileiro.
Por mais deprimente que tenha sido o tropeço em São Januário, o time fez sua melhor atuação em volume de jogadas ofensivas.
E foi cruel ver jogarem a culpa do mau resultado nas finalizações malsucedidas do atacante Raniel - ainda que ele mereça as críticas!
Porque, queiram ou não, ele ainda é o melhor 9 do clube à disposição do treinador, levando em consideração diversos fatores, da experiência à característica.
Não à toa, é o artilheiro do Vasco com nove gols, o quinto no geral da competição.
É o centroavante ideal para o clube com mais artilheiros na história do Brasileiro?
Não!
Mas, sem poder inscrever outro, é com ele que Jorginho terá de contar nos seis jogos finais da Série B.
É seu dever treiná-lo para que melhore a eficácia.
Quem assistiu a todos os jogos do Vasco em seu estádio no Brasileiro sabe que o maior problema do time é justamente a dificuldade de gerar jogadas de ataque.
Pois nesta partida foram 17 finalizações - sete no gol e cinco consideradas como grande chance de conversão, o que denota certa melhora no sistema.
E essa subida de produção me parece relacionada à presença de Marlon Gomes ao lado de Nenê, com Eguinaldo ao lado de Raniel no ataque.
Para os jogos em casa, me parece a melhor formação, embora eu siga a alertar que foi com Figueiredo e Pec que o Vasco alcançou seu ponto de equilíbrio.
Mas, ao lado de Eguinaldo, em fase de maturação, ou de Figueiredo, mais experimentado, é possível que o criticado Raniel aproveite melhor as oportunidades.
Porque, já disse e repito: mesmo sem dinheiro, o elenco do Vasco foi mal montado, e não tem força para se impor.
O time só se mantém no G-4 desde a sétima rodada em função da pressão da torcida em São Januário e do "brilhareco" de um ou de outro.
Não adianta amaldiçoar este ou aquele jogador porque o momento não permite exclusão - ao menos até o final do ano, é o que há.
O elenco é este e a torcida não deveria gerar mais pressão e ansiedade na reta final.
A volta do Vasco à Série A virá do entendimento de todos da limitação do time que representa um gigante empobrecido...