Com contrato até o fim de 2022, a Copa do Brasil pode ter os valores pagos pelos direitos de televisão reduzidos para o próximo ciclo, a partir de 2023. Executivos do Grupo Globo, que tem o torneio de forma exclusiva desde 2018, já falam em oferecer menos do que o contrato atual.
A emissora carioca pagará, entre 2018 e 2022, R$ 1,6 bilhão pela competição. São R$ 320 milhões de reais por ano. É o segundo torneio mais caro do futebol nacional, atrás do Brasileirão, pelo qual a Globo paga R$ 1,8 bilhão para todas as mídias —TV aberta, fechada e pay-per-view.
A coluna apurou que o objetivo do Esporte da Globo é adequar os gastos com o torneio para o momento atual —a empresa está sendo impactada pela pandemia de covid, com queda de receitas. A ideia, porém, é manter a Copa do Brasil seja atraente para os times que participam, o que torna a equalização entre economia e premiação mais complicada. O novo acordo comercial começará a ser negociado no segundo semestre deste ano.
Em 2016, o Esporte Interativo, atual TNT Sports, da Warnermedia, também fez proposta. Com isso, o acordo quebrou recordes: no ciclo anterior, a Globo tinha pagado R$ 100 milhões pelos direitos.
A Globo não cogita abrir mão da Copa do Brasil. Como produto, o torneio é importante para TV aberta, que costuma marcar recordes de audiência nas fases finais, e na fechada, em que o SporTV usa a grande oferta de partidas para ajudar a preencher a grade de programação.
A CBF está ciente do desejo de um acordo menor, mas só vai analisar no início das negociações a nova proposta.
Procurada para comentar sobre o assunto, a Globo não respondeu ao questionamento da coluna. Caso o faça, a reportagem será atualizada.