O gol não assinalado pelo auxiliar Rodrigo Saraiva Castanheira a favor do Vasco no duelo contra o Flamengo, no último domingo, no Maracanã, ganhou coro durante a coletiva de imprensa da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) nesta terça-feira, em Florianópolis, em Santa Catarina. Enquanto o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, defendeu o uso da tecnologia na linha do gol, o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, criticou o erro.
Questionado sobre o lance, já que a bola ultrapassou a linha do gol em 33 centímetros, Valcke preferiu não polemizar e defendeu a arbitragem do clássico do último domingo.
- Não tem jeito de o olho humano ver a velocidade em que a bola vai. Não tem jeito. A única forma de dar essa informação se foi gol ou não é falando da tecnologia na linha do gol. Está em uso no Campeonato Alemão e na Premier League. O equipamento será instalado para a Copa do Mundo.
Porém, logo que Valcke terminou suas explicações, Luís Fernandes, que é vascaíno confesso, pediu a palavra para discordar do secretário-geral.
- Só quero acrescentar que, naquele jogo, apenas dois pares de olhos humanos não viram a bola entrar: o do árbitro e o de seu assistente. Todos os outros vimos que a bola entrou - afirmou Fernandes.
Valcke aproveitou para afirmar o equipamento da tecnologia na linha do gol que será usado na Copa do Mundo poderá não ficar como legado para os 12 estádios que serão utilizados no Mundial. Segundo o dirigente, tudo dependerá de um acordo da CBF com a empresa que fornecerá o serviço à Fifa durante a competição.
- Precisa acontecer um acordo do presidente (José Maria) Marin com a empresa responsável – explicou o secretário-geral.