Apesar da vitória contra o Americano, a torcida do Vasco ainda estava preocupada com o futuro da equipe. Antes da partida, até uma faixa de protesto foi estendida na arquibancada. Mas, bastou a bola rolar para acabar com qualquer tipo de dúvida sobre a qualidade do elenco.
O que foi visto em campo foi um time com vontade, com bom toque de bola, conjunto e muita velocidade. Tudo bem que o América não apresentavamuita resistência, mas a quantidade de gols que foram saindo ainda no primeiro tempo deve ter sido surpreendente até para os jogadores.
Estava tão fácil que até Felipe deixou o dele. Como o meia dizia que era mais fácil a estátua de Romário marcar que ele, só faltou a homenagem ao Baixinho aparecer em Volta Redonda e balançar a rede. Isso porque quase todo mundo fez um.
Era tantos gols que até o placar do Estádio Raulino de Oliveira deu pane. Demorou cerca de dez minutos para registrar o sexto, marcado por Caíque logo no início do segundo tempo. Vendo que o time estava numa noite inspirada, Ricardo Gomes resolveu dar mais confiança para alguns jogadores, como Enrico, Caíque e Patric.
Aos gritos de o campeão voltou a cada gol, os jogadores vascaínos recuperavam a confiança perdida no início da temporada. Sem dó nem piedade do rival, o Vasco tentou fazer o maior número possível de gols para ir para o intervalo de dez dias sem jogos oficiais com a auto-estima elevada.
Vale ressaltar que, com Ricardo Gomes no banco, o Vasco fez 12 gols e não sofreu nenhum em duas partidas. A chegada do treinador era o que o clube precisava para recuperar a confiança e a tranqüilidade. Pode se dizer que o ano vascaíno começou agora.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)