O Governo do Ceará abriu uma exceção (prevista em portaria) para os jogos de Fortaleza e Ceará pela terceira e quarta rodadas da Série A do Campeonato Brasileiro, respectivamente. As partidas serão disputadas em um intervalo de 49 horas, menor do que as 66 horas estipuladas em portaria vigente desde fevereiro deste ano.
- Sobre a cessão do Castelão num intervalo menor que 66h entre as partidas, estabelecido em portaria, falei há pouco com nosso secretário Rogério, da Sesporte. Para atender Ceará e Fortaleza, que jogarão em intervalo de 49h, será aberta exceção, inclusive prevista na mesma portaria - comunicou o secretário-chefe da Casa Civil do Governo, Chagas Vieira, em publicação nas redes sociais.
O Fortaleza recebe o Internacional no domingo (13), às 20h. Dois dias depois, na terça-feira (15), o Ceará enfrenta o Vasco, às 21h30, no mesmo local. Horários, dias e locais dos jogos estão mantidos.
A Secretaria do Esporte havia enviado um ofício aos clubes e à CBF apontando o descumprimento da regra estabelecida no intuito de preservar o gramado do Castelão. Com celeridade, houve diálogo entre os clubes e a entidade para que houvesse a abertura de exceção.
Semis do Cearense 2025
No Campeonato Cearense deste ano, foi feita a mesma solicitação a Vovô e Leão para que o decreto fosse respeitado e um dos clubes abrisse mão de jogar no Castelão. Como não houve consenso, os dois acabaram mandando os jogos no estádio Presidente Vargas.
Entenda a portaria
Em fevereiro deste 2025, o Governo do Estado estabeleceu o intervalo mínimo de 66 horas para a realização entre uma partida e outra na Arena Castelão. O intuito é ter tempo hábil para trabalhar na recuperação do gramado da praça esportiva e evitar mais desgastes do campo durante a temporada.
O documento cita as motivações para a intervenção. Além da responsabilidade de cuidar do equipamento, por meio da Secretaria do Esporte, o texto cita o artigo 27 do Regulamento Geral de Competições da CBF, usado como referência para o intervalo entre partidas para a recuperação do campo.
Outros argumentos citados são: o intenso calendário de competições a nível estadual, regional, nacional e internacional. Com isso, o "sucessivo desgaste do gramado e a consequente e simultânea necessidade de intervenção na aragem, replantio e manutenção da grama, sem dispor, contudo, do período mínimo necessário à sua fixação no solo", ressalta o documento.