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Grandes do Rio rebatem Rubens Lopes

No Conselho Arbitral da Federação, eles formam dois blocos. De um lado os 14 pequenos, que entregaram um documento contra qualquer mudança no número de clubes ou na fórmula do Estadual. Se votarem juntos, pelas regras da Federação de Futebol do Rio (Ferj), terão sempre maioria. De outro, os grandes, que, desfalcados do presidente do Fluminense, Peter Siemsen, querem mudanças.

Não são radicais quanto à redução de clubes, mas querem uma nova gestão do campeonato. No fim da reunião, apesar de discursos conciliadores, ficou claro que a batalha política entre as duas correntes continuará.

Repetindo o que dissera na véspera ao GLOBO, o presidente Rubens Lopes anunciou que uma pesquisa vai medir as razões da baixa média de público.

E pediu sugestões aos clubes, e que aceitem mudanças. Mas exibiu argumentos que, nas entrelinhas, combatem a redução do número de clubes. Entre elas, as médias de público do Flamengo nos Estaduais de 2006, com 12 clubes, e de 2008, com 16. Neste último, o público foi maior. Porém, o Flamengo não foi campeão e nem foi às finais em 2006. E foi campeão em 2008.

Grandes rebatem Lopes

O Fluminense, hoje maior opositor da Federação, defende a redução gradual do número de clubes. Lopes rebate que os grandes foram favoráveis ao aumento para 16 clubes. Hoje, tese dos grandes é mais ampla. Eles defendem um novo modelo de comercialização do campeonato, a contratação de empresas para medir o valor de mercado da competição e ações junto ao poder público para melhorar condições de acesso e transporte aos estádios, estacionamento, segurança e até subsídio em troca do cumprimento de leis de gratuidade e meia entrada.

— Não podemos é chegar para negociar com a TV ou com uma empresa que queira comprar o nome do Estadual sem saber quanto ele vale — disse Mário Bittencourt, representante do Fluminense, citando até a 9Nine, empresa de Ronaldo, como possível parceira.

— Qualquer fórmula pode ser boa, desde que aumente receita. Temos que discutir o produto. Meu estádio me custa R$ 450 mil por mês. Sei como é difícil pagar a conta. Em 2010, apresentei o elenco num amistoso com um show de pagode antes do jogo. Dos 10 mil pagantes, 2 mil foram embora após o show. Ou seja, não foram pelo jogo. É prova de que há produtos a agregar ao futebol — diz o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção. — Há muitas variáveis para levar público. Trânsito, acesso, que é um problema do meu estádio, segurança e a proibição de vender cerveja. Todas dependem de ações com o poder público. É o que precisamos debater.

Unidos, os pequenos têm maioria dos votos. Além disso, pelo Estatuto do Torcedor, nenhuma modificação de número de clubes pode acontecer até 2014. Estes clubes pedem melhor distribuição das cotas.

— O campeonato foi mal negociado, e a culpa é dos grandes — disse Elias Duba, presidente do Madureira.

Assumpção rebateu: — Não vejo a união dos pequenos como um problema. Se você for negociar o Estadual com uma TV, ou com uma empresa, vão perguntar onde estão os grandes. Sem os grandes, não negociam.

Para 2013, em tentativa de aumentar o interesse de jogos na primeira fase, é dar vantagem de empate na semifinal para os líderes de cada grupo. O Flamengo propõe a inversão dos turnos do Estadual. Ou seja, na Taça Guanabara os jogos seriam entre clubes de grupos diferentes. Na Taça Rio, os times se enfrentariam no mesmo grupo, evitando que um grande, ao poupar titulares no segundo turno, prejudique os times de maior porte da outra chave.

Os clubes grandes rebateram as declarações de Rubens Lopes, presidente da Ferj, ao GLOBO.

Segundo ele, os grandes depreciam o Estadual ao reclamar das condições e usar reservas.

— O Fluminense não deprecia.

É quem mais investe e traz estrelas para jogar aqui — afirmou Mário Bittencourt.

— O Flamengo colocou reservas quando estava na Bolívia ou quando teve muitos problemas de contusão — disse a presidente Patrícia Amorim.

O Flamengo x Vasco da penúltima rodada da Taça Rio passou de domingo (8 de abril) para sábado(dia 7).

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)

Fonte: Jornal O Globo
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