O técnico paraense Charles Guerreiro foi o convidado do GE na Rede desta segunda-feira, dia 18. No programa, o ex-jogador – convocado para amistosos da seleção brasileira por Parreira e Zagallo entre 1992 e 1995 – avaliou a estreia canarinha na Copa do Mundo da Rússia. Para ele, o time verde e amarelo jogou com muita responsabilidade no empate em 1 a 1 com a Suíça. Ainda segundo Guerreiro, Tite poderia ter optado por outras substituições durante a partida (Veja a entrevista completa no vídeo acima).
– No início o Brasil mandou no jogo, teve a chance de definir. Foi um gol irregular (da Suíça), um empurrão que tirou o zagueiro. Na pequena área, quem conhece o futebol, aquela bola era do goleiro. Nas mudanças ele (Tite) também não foi muito feliz, um volante pelo outro, o Renato Augusto, que vinha de uma lesão. Cabeça de treinador.
– Na estreia sempre dá aquele friozinho. A obrigação de ganhar era do Brasil, tinha aquela responsabilidade pela qualidade que tem, pelo que o Tite vem fazendo desde que assumiu a Seleção, venceu tudo. A expectativa do torcedor era que ganhasse e bem. No bolão apostei no 3 a 0. Perdi – brinca Charles Guerreiro.
Guerreiro acredita que a Seleção irá iniciar de fato na Copa no confronto contra Costa Rica, na sexta-feira. O ex-volante, que encerrou a carreira como lateral-direito, apesar do rendimento abaixo do ideal na estreia, ainda mantém a esperança de que o Brasil deixa o Leste Europeu com a taça do hexacampeonato.
– A responsabilidade vai aumentar, mas aposto na vitória do Brasil. Vai pegar confiança contra a Costa Rica para classificar. É manter o time, mas na hora de mexer... A gente consegue (o Hexa) pelo momento que o Brasil vive desde que o Tite assumiu, cresceu muito. A estreia não foi legal pelo empate, mas parou ali. Daqui para a frente o Brasil vai jogar. O Tite tem esse grupo na mão.
Bom momento de Pikachu poderia render vaga na Seleção
Charles Guerreiro é considerado um dos ídolos da história do Flamengo. Na Gávea, fez mais de 240 jogos e atuou ao lado de craques como Júnior, o que rendeu as convocações para a Seleção. Depois de passar quatro temporadas no Fla e ser campeão do Brasileirão de 1992, se transferiu para o Vasco, em 1995.
Guerreiro avaliou os momentos de dois dos principais jogadores de Flamengo e Vasco, Diego e Yago Pikachu. Para ele, o lateral-direito paraense vive uma fase bem melhor que o meia, inclusive, defendendo que as atuações do vascaíno já poderiam render um lugar na seleção brasileira.
– Estou torcendo para o Pikachu ir à Seleção. Se estivesse lá, fazia gol. O Pikachu começou como lateral no Paysandu, se transferiu dessa forma para o Vasco. Se fosse naquele momento, com certeza iria para a seleção brasileira. Sendo lateral-direito, sem o Daniel Alves, deveria ser convocado. Hoje ele é atacante. Quem sabe na próxima Copa? Vai chegar o momento dele. É o cara do Vasco, está jogando bem mais que o Diego no Flamengo. Vai crescer ainda mais.