Na equipe de juniores do Vasco, Guilherme era considerado quase um ponta-esquerda. No esquema 3-5-2 armado pelo técnico da categoria, Toninho Barroso, ele tinha liberdade total para atacar. Promovido, sua principal característica teve de mudar sob o comando de Celso Roth, pois a marcação passou a ser sua obrigação prioritária.
Não está sendo fácil o aprendizado do lateral-esquerdo, mas ele tem se esforçado. Na goleada de 4 a 0 sobre o Grêmio, ele ocupou bem os espaços na defesa e desequilibrou quando atacou.
- Fiz a minha melhor partida. Não descuidei da marcação e ainda cheguei muitas vezes ao ataque, criando boas jogadas. Mas ainda tenho muito a evoluir - disse.
Habilidoso, Guilherme realizou jogadas que levantaram a torcida cruzmaltina em São Januário. No entanto, a jovem promessa garante que seu futebol não se limita a pedaladas e a outros dribles de efeito.
- Não faço firula para menosprezar ninguém. É uma questão de estilo, mas acho que amadureci e melhorei na marcação após a chegada do professor Roth. Tento driblar de maneira objetiva - disse.
Apenas oito partidas como profissional foram suficientes para mudar radicalmente a vida de Guilherme. Evangélico, ele encontra na Igreja e no sonho de melhorar a vida de seus pais, Edmundo e Nilza, a motivação para não deixar a fama repentina subir à cabeça.
- Graças a Deus, tenho administrado bem as mudanças. Tenho o compromisso com meus pais, que vivem em Jequié (BA), e não posso decepcioná-los - prometeu.