Aconteceu em um dia 5/12.
O início da década de 1980 foi um momento difícil para a torcida Vascaína.
O rival montou o maior time de sua história, e ainda contava com o apoio incondicional da mídia e das arbitragens, além de executar manobras extracampo, como a do infame “ladrilheiro”, que invadiu o gramado na decisão de 1981, freando uma reação cruz-maltina nos minutos finais.
Por isso, o título de campeão do Carioca em 1982 foi um dos mais comemorados dentre todos os que o Almirante conquistou até hoje.
Liderado pelo ídolo Roberto Dinamite, o time entrava em campo com a faca entre os dentes naquela tarde.
Merece destaque a decisão tomada pelo treinador Antônio Lopes para a fase final da competição.
Apesar de ainda inexperiente no cargo (foi o primeiro grande trabalho da sua carreira), decidiu barrar metade do time para tentar mudar o jeito de a equipe jogar e torná-la imprevisível.
A tática funcionou e ficou marcada na lembrança da conquista dessa taça.
O gol da vitória veio pela cabeça do meia Marquinho, que curiosamente fora um dos jogadores sacados pelo técnico e entrara em campo no intervalo.
Com o troféu garantido, a música “Alegria do povo”, de Wando, foi adaptada pela galera, que saiu do estádio cantando a plenos pulmões: “Quem é que faz a alegria do Vasco? Meeeengo!”