Decididamente, a Itália está em moda. Não bastassem os sucesso de suas grandes estrêlas, com o duelo Gina Lollobrigida-Sofia Loren empolgando os fãs, os êxitos de seus diretores cinematográficos, a vida voltou a ser dôce para os quadros da península, pois a Federazione Italiana di Giuoco di Calcio liberou a importação. E para o Brasil, depois da investida sôbre os atacantes inglêses Greaves e Hitchens, voltaram-se as atenções dos dirigentes italianos. Agora, a imprensa esportiva precisa estar de ôlho no Galeão, para evitar que os emissários surjam de repente. O pior é que há também o grupo de representantes, os oriundos e os radicados, gente que trabalha para levar para os clubes da Itália os valôres do futebol brasileiro. Verdadeira tempestade de liras caiu sôbre a praça e para os recalcitrantes ainda há a atração dos dólares.
Banho de D. Dorotéia no Galeão
Saindo de Lisboa à meia-noite da véspera, a delegação do Vasco, trazendo 27 mil dólares de lucro líquido, desembarcou ontem no Rio. Enquanto a delegação do Vasco descia pela escada da frente do PP-PDS da Panair do Brasil, os craques do Santos desembarcavam do DC-8 pelo outro lado. Ràpidamente cercados por seus inúmeros admiradores cariocas, no saguão do aeroporto, os praianos esqueceram os aborrecimentos, deram autógrafos, concederam diversas entrevistas e improvisaram uma batucada diferente, ao bom estilo do tradicional Banho da dona Dorotéia, atração do Santos no período pré-carnavalesco.