Cinco anos após o rebaixamento para a Série B, o Vasco luta para que a tragédia não se repita. Para isso, precisa vencer a Ponte Preta, nete domingo, em Campinas. No gol da equipe paulista, um velho conhecido dos vascaínos: Roberto se lembra bem do drama de 2008 e trabalha duro para não passar outra vez pelo mesmo sufoco. A chegada ao time de coração representava um sonho de infância que não terminou bem: do banco, não pôde impedir a queda. Hoje titular, ele tenta impedir que a Macaca tenha o mesmo destino. As equipes estão na zona de rebaixamento do Brasileirão e precisam da vitória, num jogo em que o empate não serve para ninguém.
— Naquele ano eu não tive a sequência de jogos de que precisava e acabei no banco. O rebaixamento dificultou a minha carreira, mas é passado. Hoje defendo a Ponte e estou dando o máximo pelo para sairmos desta situação. O grupo é muito esforçado, o clube nos trata bem, paga salários em dia e não merece cair. Faremos tudo para permanecer na Série A — promete.
Dos tempos de Vasco, muitas coisas mudaram. Roberto se formou em educação física, tornou-se pai e mudou de visual enquanto perambulava por clubes intermediários até o acerto com a Ponte, em 2012. Saga que ele não quer enfrentar outra vez.
— Se eu estivesse jogando, teria mais visibilidade. Mas o rebaixamento sempre marca e, sem atuar, é pior, porque ninguém vê o seu trabalho. Então, as propostas que surgiam eram ruins — lamenta.
Aos 34 anos, Roberto tenta transmitir experiência para ajudar os companheiros de clube.
— Precisamos de sangue frio para vencer. No Vasco, podia aliar paixão e profissionalismo. Aqui, é o amor ao esporte que fala mais alto — conclui.