Futebol

Hoje nos Emirados Árabes, Léo Lima lembra início no Vasco

No futebol árabe desde 2010, Léo Lima já está adaptado aos costumes e ao calor dos Emirados Árabes. Hoje é considerado uma das peças chave do Al-Nasr mas o meia revela que nem sempre foi apaixonado por futebol. Quando criança, preferia soltar pipa ao invés de jogar bola.

- De tarde, quando estava quase escurecendo, meus amigos queriam jogar bola e sempre faltava um para completar o time. Mas eu só jogava quando escurecia. Não queria parar de soltar pipa.

O atleta não descarta uma volta ao Brasil e afirma que tem vontade de morar em Goiânia. Carioca, nascido em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o atleta revela que melhor momento de sua carreira aconteceu quando defendia o Goiás.

- Não é um time B, também não é top, como o Vasco ou São Paulo, mas ganha de muito time grande em estrutura. Lá as pessoas são acolhedoras e minha família ama Goiânia. Se eu não fosse carioca, moraria lá. Sonho em voltar para Goiânia quando eu sair daqui. Quero viver lá, tranquilo.

Léo Lima começou a carreira como jogador de futebol de salão no Bangu, mas depois de ser convocado dias vezes para a seleção sub-17, trocou as quadras pelos gramados. Ao completar 17 anos, foi contratado como profissional pelo Madureira e logo estreou no Campeonato Carioca. Sua habilidade chamou a atenção do Vasco, time onde adquiriu experiência com grandes craques.

- Eu não fui direto para o profissional porque no time tinha Juninho Pernambucano, Ramon, Pedrinho, Júnior Baiano, Jorginho, Romário, só craque. Ia para o banco, voltava, jogava no júnior e isso foi me amadurecendo, fui adquirindo experiência com eles. No meu primeiro jogo profissional eu dividi quarto com o Junino Pernambucano que, na minha primeira concentração, já me deu vários conselhos.

Futebol árabe

Bangu, local onde Léo Lima nasceu, é conhecido pelas altas temperaturas que alcança durante um verão. Porém, os 45 graus que marcam os termômetros do bairro carioca não podem ser comparados aos 52 que fazem em Dubai. Mas, o calor é apenas uma das várias características peculiares da capital dos Emirados.

- No começo foi um pouco difícil me adaptar ao futebol diferente, um estilo novo. Mas depois eu me adaptei, fui crescendo nos Emirados Árabes. No ano passado nos classificamos para a Champions League da Ásia, que há 25 anos não acontecia.

Porém o talento de Léo Lima demorou um pouco para aparecer no Al-Nasr. Depois que o treinador brasileiro Hélio dos Anjos, que levou o meia do São Paulo para Dubai, deixou o cargo por pressão do sheik, o jogador foi para o banco.

- Hélio não conseguiu as vitórias e acabou indo embora. Chegou um treinador local, que me deixou no banco, mas logo depois veio o Walter Zenga (ex-goleiro do Inter de Milão. Ele atuou por 12 anos e jogou na seleção italiana entre 1985 e 1992) e me devolveu a posição de titular. Agora eu não saio mais, sou um dos trunfos do time. Se eu não jogar, o time não anda.

Fonte: Sportv.com
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