Eleição no Vasco: A vitória dos vascaínos, a derrota de Eurico Miranda
A dinastia Miranda sofreu, nesta terça-feira (7), um duro revés. O Grupo Identidade Vasco parabeniza os sócios vascaínos e toda a torcida pela vitória alcançada. As seis urnas legítimas consignaram 1.933 votos para a chapa Brant-Campello contra 1.683 para Eurico Miranda. Fernando Horta obteve 429 votos, e ainda foram computados três votos brancos e três nulos.
O falso discurso da "reconstrução" foi, portanto, repudiado por mais de 58% dos sócios vascaínos.
Este resultado representa uma fragorosa derrota que envergonha a dinastia Miranda. No entanto, perder uma disputa não é algo que seja necessariamente vergonhoso. Existem diversas formas de se perder e de se ganhar. Algumas derrotas chegam mesmo a engrandecer o derrotado, pela coragem, altivez e dignidade com que se comporta na batalha. Porém, Eurico Miranda, na tentativa desesperada de se manter no poder, escolheu a pior forma de derrota. A derrota indigna e vil.
Eurico agarra-se afoitamente aos votos de uma urna, já sob investigação judicial, cuja contaminação por fraude é gritante. Eurico sabe que não conseguirá explicar à justiça, aos torcedores e aos sócios como, por exemplo, ele conseguiu mais de 90% dos votos na "urna da vergonha" quando a sua média nas demais seis urnas foi de apenas 42,16%. E este é apenas um dos elementos desta falcatrua que grita aos céus de tão escandalosa.
A justiça, temos confiança, não deixará sem resposta tal afronta à lei, mas, independentemente disso, Eurico Miranda perdeu o pouco que ainda tinha de dignidade e legitimidade para se manter à frente do Clube, pois o recurso à fraude, usado tão despudoradamente, o desmoraliza de forma irremediável.
Eurico e o euriquismo já são, objetivamente, a partir deste dia 7 de novembro de 2017, páginas viradas no Vasco.
Por mais que afoitamente tente perpetuar artificialmente seu poder, Eurico está politicamente com os dias contados. Com os 120 conselheiros eleitos pela chapa Brant-Campello, o Vasco já tem uma nova maioria no Conselho Deliberativo, que irá, por sua vez, eleger Júlio Brant presidente da diretoria administrativa.
O Grupo Identidade Vasco orgulha-se por ter contribuído de forma decisiva na construção da unidade das oposições tendo em vista o objetivo que estamos prestes a alcançar de forma definitiva: interromper os planos de perpetuação da dinastia Miranda e seus métodos obsoletos de gestão.
Os vascaínos sabem os elevados gestos que o Grupo Identidade Vasco fez, desde o início desta caminhada, em nome deste objetivo.
Queremos agradecer de forma especial a todos os vascaínos e vascaínas que compõem o Grupo Identidade Vasco, pela dedicação incansável que demonstraram durante todo o período da campanha. Mesmo nos momentos mais tensos e polêmicos, muitas vezes com as discussões à flor da pele, nosso grupo manteve-se unido tendo como o cimento desta unidade o sentimento de amor ao Vasco.
Estendemos também nossos cumprimentos aos grupos que formam conosco a Frente Vasco Livre, bem como ao grupo Sempre Vasco.
Como dizia Jorge Luis Borges, mesmo no deserto nasce a aurora, pois alguém a vê. No Vasco, a aurora começou a raiar novamente na madrugada já do dia 8 de novembro e, embora exista quem queira prolongar a noite, isso já não será possível, pois os vascaínos viram os primeiros raios do sol e sabem que foi a vontade legítima dos sócios , expressa nas urnas legítimas, que está fazendo surgir este novo amanhecer.