Parece existir uma química na relação entre Ramon e o Vasco. O lateral-esquerdo está há apenas cinco meses no clube, mas se sente em casa. Com um estilo brincalhão e sempre de bem com a vida, o jogador é um dos mais queridos do elenco. E em campo vem sendo um dos destaques do time.
Na vitória sobre o Ceará por 2 a 0, no sábado, em Fortaleza, pela segunda rodada da Série B, Ramon foi decisivo. O lateral fez o primeiro gol em um belo chute de fora da área e também criou toda a jogada do segundo gol marcado por Léo Lima.
Aos 21 anos, o jogador sonha alto e quer escrever o nome na história do Vasco. Nascido em Cachoeira de Itapemirim, no Espírito Santo, Ramon ganhou rapidamente uma identificação com o Time da Colina.
- O Vasco para mim foi o início de tudo. Apesar de não ter sido formado no Vasco e sei que devo muito ao Inter, mas foi aqui que eu me identifiquei, que quero entrar para a história. Quero ajudar o time voltar para a Série A, quero conquistar a Copa do Brasil e disputar uma Libertadores. Vejo o Vasco como o clube que eu quero me firmar, que quero entrar para a história como jogadores como o Juninho, o Edmundo, o Roberto Dinamite e vários outros. Pela minha forma de ser, pelo meu estilo alegre, parece que estou no clube há uns três ou quatro anos - disse Ramon.
Ramon, porém, pertence ao Internacional e está emprestado ao Vasco só até o fim do ano. O lateral espera que as duas diretorias entrem em um acordo para permanecer em São Januário. Mas com o sucesso que vem fazendo parece ser difícil o clube gaúcho aceitar liberá-lo facilmente.
- Quero ficar. Mas tenho um contrato a selar. Mas mesmo que no fim do ano as coisas não saem como eu quero, com certeza eu vou voltar para o Vasco no futuro.
O lateral-esquerdo veio para o Vasco decidido a fazer sucesso. Ramon sabia que estava em um momento decisivo na carreira. Por isso precisava se firmar.
- Por causa da minha idade, este ano eu precisava me firmar em uma equipe e no futebol. Ou ia me tornar um jogador ou uma eterna promessa. Estou muito feliz por dar uma sequência à minha carreira. No Internacional eu jogava uma partida e ficava outras dez fora. Na minha posição em 10 minutos não vou fazer quase nada. Um atacante pode entrar e fazer um gol. Um lateral é muito difícil se destacar jogando tão pouco. Com a minha vinda para o Rio ganhei o respeito da torcida e do Vasco.
Ramon gosta de ouvir músicas mais agitadas antes dos jogos. O lateral curte hip-hop e música eletrônica. Por isso, garante entrar mais \"ligado\" em campo. O jogador é só elogios ao grupo montado pela diretoria para a temporada.
- O Vasco não é formado só por dois ou três jogadores. Tem um grupo e isso é muito importante. Todos se ajudam.