Imprensa paranaense dá como certa a saída de PC Gusmão do Vasco

O Coritiba subiu para a primeira divisão nacional e vai disputar o Brasileirão em 2011. Na terça-feira, no Rio de Janeiro, e ontem, em Curitiba, jogadores e dirigentes festejaram. Mas, para um clube que sofreu dois rebaixamentos recentes (em 2005 e em 2009), fica um certo receio de que tal sofrimento se repita num futuro próximo. E é sobre isso que o vice-presidente do clube, Vilson Ribeiro de Andrade falou, ainda no Rio de Janeiro — onde, na terça, o time derrotou o Duque de Caxias por 3 a 2 e garantiu o acesso.

Segundo o dirigente, ao contrário de outros anos o clube está estruturado para suportar os jogos da primeira divisão, tecnicamente mais difíceis. “A gestão dessa diretoria conseguiu uma estrutura para sustentabilidade, para que nunca mais aconteça de subir num ano e cair no ano seguinte”, afirmou Andrade. Ele afirmou que parte dessa estrutura envolve a valorização das categorias de base, que ganharão uma espécie de CT exclusivo.

Porém, o grande ponto de sustentação é o investimento no próprio clube. Andrade afirma que o Coritiba está crescendo em orçamento — a alta em relação à temporada anterior é de 48%, segundo palavras do próprio dirigente. “E isso sem contar com venda de nenhum jogador, apenas com ações de se buscar receita”, falou ele. “Hoje, o clube que não tiver uma receita de R$ 100 milhões não compete com os grandes do Rio, de São Paulo, de Minas e do Rio Grande do Sul. R$ 100 milhões é o número mágico para nos manter entre os seis melhores do Brasil”.

Andrade exemplificou a importância do investimento para se manter na elite. “Pode até se manter em uma condição diferenciada, num ano. Veja o Avaí e o Goiás”, afirmou, referindo-se às duas equipes que fizeram boas temporadas em 2009, mas que neste ano lutam contra o rebaixamento. Um dos pontos-chave é a busca por sócios. Segundo o dirigente, em um ano o clube saiu de 2.500 sócios para 17 mil. “Pretendemos fechar o ano com 25 mil sócios”, afirmou.

Por fim, parte do planejamento futuro passa necessariamente pela contratação de um técnico. Ney Franco, treinador desde agosto de 2009, vai deixar o clube ao fim do ano para assumir a seleção. Segundo Andrade, o novo técnico está acertado. Porém, o nome será anunciado apenas no sábado, depois do jogo com o Figueirense. Os nomes mais citados até agora são PC Gusmão (que deixará o Vasco ao fim do Brasileirão), Caio Júnior (hoje no futebol árabe) e Marcelo Oliveira (ex-Paraná).

Algumas das prerrogativas do futuro treinador são o trabalho com as categorias de base, o conhecimento da estrutura e a concordância com as diretrizes coxas-brancas. “Esse profissional não é de quatro meses, é de um ano, no mínimo”, decretou Andrade, ressaltando que ele terá uma bela estrutura para trabalhar. “Só um bom treinador não resolve. Se não der estrutura, ele não faz mágica”.