A negociação frustrada envolvendo Vasco, Diego Souza e Al Ittihad ganhou um elemento novo. O Ministério das Relações Exteriores entrou na jogada para ajudar no resgate do ex-vascaíno que foi em julho para a Arábia Saudita e não recebeu salário nos mais de três meses que jogou no Oriente Médio. Como publicou a coluna Extracampo ontem, o ex-camisa 10 do Vasco não pode sair da cidade de Jeddah e embarcar de volta ao Brasil porque o clube não concedeu o visto de saída.
Ontem, o Ministério dos Esportes recebeu o primeiro contato dos advogados do jogador e repassou o caso para o Ministério das Relações Exteriores. Até a noite de ontem, o jogador ainda não havia entrado em contato com a embaixada brasileira em Riade, capital da Arábia Saudita que fica a quase 1.000 km da cidade costeira Jeddah. Diego está com a mulher Luciana e os dois filhos pequenos do casal.
- A Divisão de Assistência Consular do Ministério das Relações Exteriores (MRE) irá contatar a Embaixada do Brasil em Riad para informar sobre a situação do jogador e para solicitar que o contate, de modo a que possa ser analisada a questão e avaliado o que poderá ser feito para ajudá-lo - informou o MRE.
Em contato com a reportagem do Jogo Extra, a assessoria do Itamaraty lembrou que o caso é o primeiro de um jogador famoso nesta condição. Porém, está longe de ser raro. Nos últimos dois anos, cerca de 30 atletas brasileiros procuraram as embaixadas para relatar falta de pagamento e outros acordos descumpridos. Em junho, com a ajuda da CBF, o governo lançou uma cartilha com orientações de como evitar e como agir em casos semelhantes. Entre os cinco principais pontos, Diego ignorou dois: pesquisar sobre o clube, que já tinha fama de problemas do tipo, e ainda contatar a embaixada local para se informar e obter contatos para qualquer caso do tipo.