Apontada dentro e fora do clube como fundamental para salvar a temporada, a janela de transferências abriu nesta segunda-feira ainda com poucas novidades no Vasco. Até o momento, Maicon e Serginho foram contratados e há a expectativa do anúncio de Medel até o final desta semana.
Responsável pelas contratações, o diretor esportivo Paulo Bracks está com a agenda movimentada. Na segunda, o dirigente foi a São Paulo. Entre os compromissos estão as buscas por treinador e reforços.
Como o Vasco tem agido no mercado
O Vasco, no entanto, quer e precisa de mais contratações. É uma corrida contra o tempo, mas não tem sido fácil.
Sem o adiantamento do aporte de R$ 120 milhões da 777 Partners, previsto para setembro, o Vasco não tem bala para grandes investimentos, embora o vice-presidente do clube e membro do conselho da SAF, Roberto Duque Estrada, tenha revelado que o Conselho de Administração aumentou o orçamento para a janela de transferências, a pedido de Paulo Bracks. O dirigente, no entanto, não entrou em detalhes sobre valores.
O que tem se notado pela busca de nomes no mercado é que o Vasco tem oferecido bons salários, como aconteceu com Cuéllar, Lanzini e Lyanco. No entanto, não há (ou há pouco) recursos para compra de direitos econômicos.
O empréstimo, com opção ou obrigação de compra mediante metas atingidas, tem sido uma alternativa, mas até o momento não houve sucesso. Foi o modelo adotado na negociação com o Southampton por Lyanco, por exemplo, mas os ingleses recusaram. É também a forma de negociação com o Schalke 04 por Rodrigo Zalazar, mas há a expectativa de que o clube possa esticar um pouco a corda pelo uruguaio.
Até o momento, o Vasco contratou jogadores que chegaram sem custos. Serginho estava em fim de contrato com o Giresunspor, da Turquia. Maicon, por sua vez, rescindiu com o Santos antes do acerto. O chileno Gary Medel, que é aguardado nessa semana no Rio de Janeiro para exames médicos, também estava livre após o fim do vínculo com o Bologna.
Nomes na mesa
Há vários outros alvos em tratativas, mas algumas negociações se arrastam. Plano A para a camisa 10, o argentino Manuel Lanzini tem proposta do Vasco em mãos há algumas semanas, mas não respondeu. O uruguaio Rodrigo Zalazar, do Schalke 04, é alternativa, mas como explicado acima também não é uma contratação fácil.
Léo Cittadini (Athletico-PR) é outro nome no radar e já houve conversa. Jogador mais baratos, que pode reforçar o Vasco no segundo semestre. Em caso de acerto, no entanto, chegaria para encopar o elenco, mas não seria solução, a princípio. Bruno Praxedes, do Bragantino, foi oferecido, mas o clube nega o interesse.
O Vasco também tentou a contratação do volante Fernando, do Sevilla. Apesar de o jogador ter se interessado pela proposta, ele ainda tem mais um ano de contrato com o clube espanhol, além de oferta do Al-Ahli, da Arábia Saudita. A negociação esfriou.
Momento em campo e dívidas atrapalham
Além da dificuldade financeira para grandes contratações, o momento do Vasco dentro e fora de campo é um obstáculo a mais. Com o time pressionado, sem técnico e na zona de rebaixamento, fica mais difícil convencer um jogador a topar o projeto.
Além disso, não são poucos empresários e agentes do mercado incomodados com o Vasco. Apesar de os salários estarem em dia, a SAF deve diversas comissões das negociações realizadas na janela passada. O clube, inclusive, já foi notificado em alguns casos.
Além disso, a SAF não quitou dívidas com alguns clubes como São Paulo, Corinthians, entre outros, referentes a parcelas de compras de jogadores na janela passada. O Vasco alega falta de fluxo de caixa para não estar cumprindo com os acordos.