Enquanto o time titular do Vasco se prepara para o confronto decisivo da Copa do Brasil contra o Coritiba, os reservas vão dando bem conta do recado. Nos dois primeiros jogos, duas vitórias, uma fora de casa, contra o Ceará, e uma em casa, contra o América-MG.
Em entrevista ao repórter Gustavo Penna, da Super Rádio Brasil, o meia Jeferson, um dos destaques da segunda vitória, se diz satisfeito com seu bom momento e a possibilidade de ser aproveitado contra o Coritiba:
- Isso é fruto do que eu venho fazendo nos treinos. Depois que eu fiquei um tempo sem jogar no Carioca, por opção do Ricardo [Gomes], sempre tive a cabeça tranquila, sabendo do meu potencial e sempre treinado forte, treinando com esperança de ter oportunidade. Quando eu tive, estava preparado. Logico que ainda senti um pouco o ritmo de jogo, mas essa força de que eu precisava, eu consegui ganhar nos treinos, e quando eu tive oportunidade, consegui colocar em campo para ajudar à equipe do Vasco.
Jeferson teve boa parcela no lance do segundo gol, o de Enrico?
- Com certeza. É uma jogada que é característica minha, que é a arrancada de trás. Consegui passar bem pelo adversário. Conheço o Enrico, sei mais ou menos a movimentação dele. Ele gosta muito de cortar pela diagonal. Quando vi que era ele que estava correndo, não pensei duas vezes. Fiquei muito feliz por ele ter feito o gol. A gente esta sempre junto nos treinamentos e conversamos sempre bastante, para sempre não desanimar. Acho que foi um fator importante nesse jogo.
Duas boas atuações deixaram boa impressão de Jeferson para Ricardo Gomes?
- O Ricardo já me conhece. Quando ele chegou, joguei vários jogos, com ele. Inclusive, até na [Taça] Guanabara teve vários jogos em que eu me destaque, já junto com o Ricardo. Acho que por fator de opção e pelos jogadores que estão na posição estarem bem. Mas eu tenho que buscar meu espaço, eu tenho que lutar, eu tenho que star provando todo dia, não só para ele como para mim mesmo, que eu sou capaz de conseguir um espaço. Isso eu vou buscar a todo instante, esta sempre mostrando para ele que eu tenho condição.
Atuações no brasileiro credenciam Jeferson a estar no grupo que decide a final da Copa do Brasil?
- Isso eu vou deixar mais para o Ricardo (risos). O que eu posso te dizer é que eu fico feliz em estar se formando um grui tão forte, tão bom. Fico esperançoso de participar dessa final. Vou torcer bastante por esse titulo. Acho que todos nós vamos ganhar com isso. Não é porque hoje eu não estou titular que eu não vou pensar assim. Sei da importância que é esse jogo. Qualquer jogador quer participar. Tenho certeza de que o nosso time, o time que está aí, como vocês falam, o Expressinho, está se dedicando ao máximo, porque todo mundo quer essa condição, todo mundo quer buscar um espaço para poder estar lá em cima e participar desses jogos dessa final.
Ter sido preterido depois de ter ajudado o Vasco a se reerguer no estadual chateia Jeferson?
- Se eu falasse que não, estaria mentindo. Como você [repórter] frisou, no momento que era difícil, eu entrei, eu dei a cara e consegui fazer bons jogos. Logo em seguida, com a minha entrada, o time começou a ganhar. Eu fiquei com um pensamento: Pô, agora é começar a melhorar cada vez mais, para eu ser o titular absoluto do Vasco. Estava esperançoso nisso. Quando o time melhorou, encaixou, o Ricardo optou por me tirar. Mas é o futebol. Às vezes chegam jogadores, jogadores de qualidade, que começaram a jogar bem. Mas isso só foi no inicio, me deu uma baqueada. Depois eu levantei a cabeça. Minha família esteve sempre do meu lado, também, sabe que às vezes tem coisa que acontece, só que não cabe a mim decidir. O meu pensamento foi de treinar bastante, buscar forças, principalmente em Deus, ter a cabeça tranquila, que eu sabia que no momento em que eu tivesse oportunidade, eu tinha que estar bem para provar o contrário. Então, só tenho a agradecer a Deus e à minha família por ter ficado ao meu lado.
Quando teve propostas, Jeferson chegou a cogitar sair do Vasco? Jeferson, hoje, está motivado para continuar no Vasco?
- Naquela época, realmente teve uma proposta. Chegou até a mim também, e foi num momento em que eu estava chateado, pela situação de na hora que precisou eu botei a cara, estava bem, e aconteceu de eu não ser mais utilizado. Então, por um lado, eu queria estar jogando. Com a proposta que tive, que chegou em minhas mãos, eu fiquei meio que balançado, mas depois de conversa com meu pai eu achei que não era hora de eu ir embora. Onde eu passei eu saí por cima. Não queria sair daqui por baixo. Acabou não dando certo de eu sir. Depois disso, fiquei em treinar e esquecer o que tinha acontecido para dar a volta por cima.