O espírito de competição - leia-se participar mais da marcação da equipe adversária - que faltava a Jhon Cley passará por um teste importante no jogo desse domingo contra o Nova Iguaçu. Isto porque Dagoberto não vai ser aquele atacante de lado de campo que acompanha lateral e corre em dobro de acordo com as orientações táticas do treinador. Evidente que o atacante de 31 anos vai ter responsabilidade de voltar e recompor o sistema de marcação, mas Cley será fundamental para o esquema ser efetivo.
O técnico Doriva pegou os dois jogadores antes do treino tático e conversou com eles por alguns minutos. Gesticulando bastante, o treinador pediu inteligência e ocupação de espaços na volta para marcar. A ideia é que Jhon Cley e Dagoberto, que tem diferença de dez anos entre si, ajudem a cobrir um ao outro na hora que o Vasco perder a bola e o adversário tentar sair no contra-golpe.
- Doriva conversou com a gente pedindo pra ajudar mais na marcação. Quando ele estiver no meio eu vou recompor no fundo. E quando ele estiver na ponta, eu fecho mais o meio - explicou Jhon Cley.
O jogador de 21 anos, que ganhou a vaga anteriormente ocupada por Marcinho, volta à sua função original com a qual se destacou na base em São Januário: último homem de meio de campo, um autêntico camisa 10 responsável pela articulação do meio e ataque e aproximação dos atacantes. Cley terá liberdade maior nessa partida, mas sem esquecer das orientações de Doriva para não esquecer do espírito competitivo no jogo.
- A mudança começou na prétemporada. Doriva chegou, conversou com os mais novos, pediu para a gente melhorar na participação das partidas, na marcação, nessa competitividade que ele disse. A gente vem procurando melhorar nesse aspecto e ajudar mais o time - disse o jogador, que esteve apenas pela segunda vez na sala de imprensa de São Januário.