Depois de algumas horas de reunião em Natal, o diretor de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, desistiu na tarde desta terça-feira da contratação do técnico Enderson Moreira. O substituto de Adilson Batista assumria até o fim da temporada e teria a missão de levar o time à elite do Brasileiro, mas seus representantes alegaram outra proposta com mais prazo e valores maiores.
— Encerradas as negociações. Estavamos negociando, ele alegou ter tido outra proposta, com mais prazo e valor maior. Mesmo quando tem as coisas apalavradas, falta assinatura. A palavra vale bastante, mas não foi o caso — lamentou Caetano.
Pela conquista do acesso com ou sem título da Série B, o novo comandante foi seduzido por uma proposta salarial acrescida de uma premiação. No entanto, o Vasco estabeleceu um teto salarial no qual Enderson estaria inserido, inferior aos R$ 200 mil que o treinador recebia no Grêmio.
A indefinição política por conta da eleição presidencial que se aproxima impedia um vínculo mais longo e projetos além da óbvia necessidade de voltar à primeira divisão nacional. Isso afastou Enderson Moreira.
— Seria até o fim do ano. Mas tem eleições, a política atrapalha, claro que o cenário não é favorável — emendou Rodrigo Caetano.
O empresário do treinador, Francis Mello, foi procurado e disse que não falaria sobre o futuro de seu cliente.
Questionado sobre um plano B, o dirigente do Vasco disse que só pensará depois do jogo desta terça-feira diante do ABC-RN, pela Copa do Brasil, em Natal. O nome de Joel Santana ganha mais força, e o de Ricardo Gomes também já foi falado.
- Não vou pensar nisso agora. Depois do jogo, voltamos a pensar nisso - encerrou Rodrigo Caetano, sem comentar a opção de Joel e de outros nomes.