Criar estereótipos para si mesmo é fácil, se livrar deles que é difícil. Joel Santana e Celso Roth que o digam. Os técnicos de Botafogo e Vasco são daqueles personagens do futebol brasileiro que são adjetivados facilmente. Brincalhão, folclórico, paizão. Sisudo, linha dura, disciplinador. Os dois carregam estigmas, que dependendo da situação, jogam contra ou a favor do trabalho dos treinadores.
Joel sofreu muito com isso na carreira, lá no Sul, me parece que ele teve problemas de adaptação. Eu me deparei com isso aqui no Rio. Cada um tem a sua metodologia, fruto do berço que teve no futebol, mas é claro que não dá para definir uma como a melhor. A boa é a que faz você vencer e Joel já provou que é vencedor afirmou Celso Roth.
De comum entre os dois, há a prioridade que costumam dar ao setor defensivo. Antes de mais nada, a cozinha precisa estar arrumada, o que lhes rende uma fama em comum, a de retranqueiros. Muitos consideram que o momento de Celso Roth no Vasco é parecido com o vivido por Joel Santana quando assumiu o Botafogo após a goleada por 6 a 0 para o rival deste domingo. O Natalino discorda:
O momento dele é totalmente diferente daquele em que eu entrei no Botafogo. Ele começou numa competição nova para jogar e eu entrei numa situação em que o clube vinha de uma derrota que não costuma acontecer.