O torcedor vascaíno saiu do Maracanã no último sábado com dois sentimentos diferentes: frustrado com a campanha abaixo do esperado na Série B e também feliz pelo retorno para a elite do futebol brasileiro. A tensão nas arquibancadas foi refletida na beira do campo. Joel Santana também sofreu e não reclamou das vaias após o apito final. Muito pelo contrário: deu razão às reclamações por mais que o objetivo principal tenha sido alcançado.
- Vi a colocação da torcida no fim do jogo como uma reação por tudo o que ela passou esse ano, por todo o sofrimento. Ficar sendo chamado de segunda divisão a toda hora. É um tormento que não passa, uma dor de cabeça mesmo. Não era o que gostaríamos, mas o que precisávamos - disse o treinador ao programa "Globo Esporte", da TV Globo, em meio ao constante assédio de torcedores na praia.
E por muito pouco o acesso não ficou para a última rodada, contra o Avaí, em Florianópolis, no próximo sábado. No último lance do jogo, o Icasa quase marcou de cabeça. O apito final veiologo depois, seguido de muitas vaias da torcida e gritos de "Time sem vergonha".
- Os caras empataram em um chute incrível. Sofri muito durante o jogo. Minha vontade era ir embora para casa e não podia. Foi muito suor. Nem lembra (do último lance) que eu começo a sofrer. O coração foi a 220 (batimentos por segundo) - brincou.