Joel Santana mostrou, em seu primeiro treino no Vasco, que o personagem dos comerciais de xampu, por ora, ficará na gaveta. Ao menos fora de campo. Na entrevista que antecedeu a estreia, um Joel sisudo, até certo ponto ranzinza, com um ar fechado, sem esboçar sorriso, e de óculos escuro.
Durante o contato com os jogadores ao longo do treinamento, muito mais solto, mas sem gracinha. Para descontrair, uma prenda para o meio-campo Jonh Cley por não marcar bem a bola parada.
O velho Joel apareceu nos detalhes. No jeito de percorrer o campo e se posicionar para dar instruções. Agora muito mais ágil, devido à cirurgia no quadril, que o maltratava desde a época de Flamengo. No longo papo com os jogadores e comissão técnica, palavras de incentivo e algumas brincadeiras. Poucas.
Apesar de conhecedor de longa data do Vasco, Joel está se ambientando. O contato com o diretor Rodrigo Caetano teve a mediação do presidente Roberto Dinamite.
As pérolas durante o treino foram as de sempre. Esquecendo nomes de jogador, por exemplo. E algumas novas. Falou até inglês, dizendo “play” quando apitava o jogo.
Thalles, o xodó da vez, sofreu com cobranças e brincadeiras, sem esconder o sorriso. Quando um torcedor falou: “Tá de brincaition?”, Joel sorriu e ignorou. Não levou o personagem para o campo.