Dar ao filho o nome em homenagem a outra pessoa é um bom termômetro em termos de idolatria. Sornoza e Riascos, adversários no clássico de amanhã, entre Fluminense e Vasco, pela semifinal do Estadual, sabem o que é isso. Os dois têm vínculo com o futebol brasileiro anterior a sua cinda para o país. Algo eternizado em registros, digamos assim, peculiares nas certidões de nascimento.
O equatoriano Júnior Sornoza se chama assim graças a Leovegildo Lins da Gama Júnior, ex-lateral-esquerdo e meia da seleção. Seu pai, fã da equipe de Telê Santana que disputou a Copa do Mundo de 1982, homenageou Júnior na esperança de contagiar o filho. Deu certo.
- Foi uma maneira de "desejar" que eu fosse também um ótimo jogador. É o que estou tentando ser (risos) - afirmou Sornoza: - A seleção brasileira sempre foi uma referência para nosso país.
Mesmo sem a mesma magia daquela equipe de 1982, a seleção e seus jogadores seguem encantando quem gosta de futebol. Dependendo de quem for o alvo do encanto, a homenagem pode acontecer das formas mais inusitadas. O colombiano Riascos registrou seu primeiro filho com o nome de Paulinho — um tributo ao meia titular da equipe de Tite. O diminutivo no registro foi motivo de surpresa para o jogador do Barcelona.
- Nunca imaginaria. Também nunca tinha visto um nome no diminutivo - afirmou ele, depois da vitória de ontem sobre a Alemanha: - Já falei com ele sobre isso. Fico feliz pelo carinho.
Na quinta-feira, Sornoza e Riascos escreverão novo capítulo de suas histórias por Fluminense e Vasco. Talvez um dia sirvam de inspiração para homenagens parecidas.