Futebol

Jogadores ansiosos por quebrar jejum de seis anos sem títulos

Recebidos com festa no aeroporto, assediados na chegada ao estádio Amigão, local do jogo de hoje e do treino de ontem, os jogadores que recolocaram o Vasco na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro tentam preencher mais uma lacuna na história recente do clube. Uma vitória sobre o Campinense hoje, em Campina Grande, na Paraíba, às 21h (de Brasília), combinada com uma derrota do Ceará para o Atlético-GO e, ao menos, um empate do Guarani com o Ipatinga, dará ao Vasco o título da Série B. E levantar um troféu é algo que clube e torcida esperam desde 2003.

A discussão sobre o valor da Série B como título capaz de encerrar o jejum de um gigante como o Vasco pode ser eterna, mas a conquista é a grande meta do clube neste fim de temporada. Da diretoria ao campo, muita coisa mudou no clube desde 2003. E os personagens da caminhada atual viviam realidades bem diferentes quando o Vasco venceu o Estadual. Hoje estrela da companhia, Carlos Alberto atuava pelo Fluminense, já vivera seu apogeu no Porto e corria atrás do reencontro com sua melhor fase.

Marcelinho Carioca e Edmundo no rival

No entanto, mudanças radicais viveram jogadores como o jovem Allan, de 18 anos. Há seis, jogava futsal no Olaria. Em 2008, chegou às divisões de base do Vasco e sentiu logo a cobrança por um título.

— Tudo foi muito rápido na minha vida. E a torcida cobra o título porque faz tempo que o Vasco não conquista um — diz o apoiador.

Quem também acompanhou de perto diferentes fases da vida do Vasco foi Souza. Chegou ao clube aos 9 anos, em 1998, ano do título da Libertadores. Em 2003, atuava pela equipe infantil e viu o último título como torcedor. Hoje, é categórico ao responder aos argumentos de que o título da Segundona não serviria para marcar o fim do jejum: — Independentemente de Série A ou B, é um Brasileiro e é título para colocar no currículo. A gente vai marcar história no Vasco, tanto pela volta à elite quanto pelo título.

Há no elenco vascaíno, no entanto, quem nem sonhasse com o futebol em 2003. O atacante Rodrigo Pimpão era estudante no Paraná, já o lateral Ramon, que temporariamente largara o futebol, era balconista de uma farmácia.

— A Série B é o campeonato do Vasco, é o título que podemos conquistar e o clube quer isso. Saiu um pouco do peso das nossas costas após confirmar o acesso. Acho que vamos jogar mais soltos — disse.

Artilheiro do time no ano, Élton vivia, em 2003, o recomeço do sonho no futebol. Após desistir e trabalhar numa gráfica no interior da Bahia, tinha nova chance no Iraty, do Paraná.

Hoje, pode fazer um de seus últimos jogos pelo Vasco. Não só pelo suposto interesse do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, mas porque o Vasco não acredita que poderá pagar os quase R$ 3 milhões para exercer a opção de compra.

O lateral Paulo Sérgio, liberado para ir a audiência em Porto Alegre, será substituído por Fágner.

No Campinense, que luta para não cair à Série C, o Vasco terá um rival de apelido familiar. Aos 39 anos, o atacante Raimundo Clemente da Silva é conhecido como Edmundo.

— Sou o genérico, made in Paraíba.

Mas quando comecei o Edmundo não era conhecido — alega ele, que fará dupla com outro atacante de apelido sugestivo: Marcelinho Carioca.

Campinense: Fabiano, Fábio, Leandro, Kléber e Buick; Márcio Paraíba, Thompson, Daniel e Juliano; Marcelinho Carioca e Edmundo. Vasco: Fernando Prass, Fágner, Fernando, Titi e Ramon; Nílton, Souza, Allan e Carlos Alberto; Adriano e Élton.

Juiz: André Luiz Castro (GO).

Fonte: O Globo
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