A nova comissão técnica do Vasco nem bem assumiu o comando do time e já se vê em apuros com um antigo problema: a falta de pagamento dos salários.
A coluna apurou que os jogadores comunicaram que não se submeterão ao treinamento virtual comandado pelo recém-chegado preparador-físico Léo Cupertino.
Pelo menos, enquanto não for minimizado o atraso na folha que nesta quarta-feira (20) completa quatro meses para alguns – três para a maioria.
Por ora, os jogadores seguirão treinando em casa, sob a orientação dos profissionais que lhes assessora nestes dias de pandemia pela Covid-19.
A greve branca, chamada por alguns de "treinos fantasmas", foi um dos principais temas da reunião virtual da comissão técnica na noite da última segunda-feira.
Teme-se que o elenco mostre desequilíbrio muscular quando finalmente puder se reapresentar para os treinos presenciais.
O diretor-técnico Antônio Lopes, que ainda não pôde estar frente a frente com os jogadores, mostrou-se desconfortável com a insubordinação.
E o executivo da pasta, André Mazzuco, informou que o vice-presidente José Luís Moreira e o presidente Alexandre Campello tentam resolver o impasse.
A informação foi confirmada por pessoas ligadas ao departamento.
Os treinos virtuais, comandados à distância pelos preparadores-físicos, têm sido a solução dos principais clubes, desde o fim das férias coletivas, em abril.
Vanderlei Luxemburgo, por exemplo, tem dito que a perda do Palmeiras será de cerca de 10% em comparação ao trabalho que estaria sendo feito no CT.
No Rio de Janeiro, Fluminense e Botafogo também avaliam positivamente as atividades administradas virtualmente por seus preparadores e psicólogos.
Há duas semanas, a diretoria do Vasco pagou o mês de janeiro para os jogadores que recebem salários até R$ 50 mil mensais.