Passado o triunfo de 3 a 1 sobre o Madureira, o Vasco já começa a projetar o duelo da próxima quarta-feira contra o Resende, pela 12ª rodada do Campeonato Carioca. A expectativa em relação a este duelo é saber quem o técnico Adilson Batista vai escolher para vestir a camisa 1. Isso porque o goleiro titular, o uruguaio Martin Silva, será desfalque pois foi convocado para defender a seleção de seu país em amistosos internacionais. Além disso, ele forçou o terceiro cartão amarelo para aproveitar a ausência e cumprir suspensão.
Adilson Batista ainda não confirmou a escalação da equipe, porém ele tem duas opções. A tendência é que Diogo Silva seja o escolhido, uma vez que o jogador foi titular no início do ano, até o uruguaio ser regularizado na CBF. O problema é que o jogador foi muito hostilizado ano passado, ficando marcado como um dos responsáveis pelo rebaixamento para a Série B do Brasileirão.
A outra opção de Adilson é o jovem Jordi, de apenas vinte anos e revelado nas categorias de base de São Januário. Existe uma forte pressão interna para que Adilson Batista lance o jogador, já que Martin Silva é titular absoluto e Jordi não sentiria a pressão de entrar esporadicamente na equipe. Além disso, o Vasco conseguiria, com tempo, preparar um futuro dono para a posição.
Além de Martin Silva, outro desfalque contra o Resende será o volante Fellipe Bastos, também advertido com o terceiro cartão amarelo contra o Madureira e que terá que cumprir suspensão. Porém, ele será substituído pelo argentino Pablo Guiñazu, que foi preservado contra o Tricolor suburbano. Nesta sexta-feira o elenco ganhou folga e a reapresentação será neste sábado pela manhã, quando está previsto um treino em São Januário.
Críticas - A proximidade das arquibancadas do Estádio Aniceto Moscoso, em Madureira, com os banco de reservas, acentuou a pressão dos torcedores sob os técnicos de seus respectivos clubes. Mesmo com o triunfo sobre o Tricolor suburbano, Adílson Batista, não escapou de críticas e "sugestões" dos fãs cruz-maltinos. Porém, o treinador concebeu as manifestações como normais, e disse que nada irá interferir em seu planejamento dentro do clube.
"Estou acostumado com a pressão. Respeito o gosto do torcedor, mas estou na estrada há mais tempo e consigo enxergar adiante. Nada vai mudar no meu trabalho e peço que eles nos apoiem a todo instante. Isso motiva a todos nós. A compreensão das arquibancadas é sempre importante", ressaltou o treinador.
Adiante, Batista exaltou o toque de bola vascaíno, que conseguiu se sobressair, mesmo com as condições adversas do gramado de Madureira. "Tentei colocar a bola no chão, principalmente com Douglas e Pedro Ken. Você demora um pouco mais para se adaptar, mas consegue trabalhar. Tivemos dificuldades no primeiro tempo, que foi mais truncado. Porém, no segundo tempo, o time abriu e conseguiu achar espaços, como o gol do Edmílson, que partiu de uma bela assistência do Reginaldo", pontuou ele.
O técnico ainda fez questão de exaltar particularmente o camisa 10 Douglas, que marcou seu primeiro gol com o manto cruz-maltino. "No primeiro posicionamento, o Douglas estava recebendo a marcação individual, mas atuou com inteligência, abrindo uma lacuna para os outros jogares. Cumpriu bem a função que pedi. É diferenciado", sintetizou ele.