Jordi, de 26 anos, é um dos mais experientes dentre os jovens que disputarão o clássico entre Vasco e Flamengo nesta quarta-feira, às 21h, no Maracanã. E o goleiro conhece como poucos a importância de uma partida contra o arquirrival.
Questionado sobre o jejum de 14 jogos (cinco derrotas e nove empates) no Clássico dos Milhões - a última vitória foi em abril de 2016, por 2 a 0, em Manaus -, o titular do gol vascaíno lembrou que o Flamengo viveu escrita parecida recentemente. De março de 2015 a fevereiro de 2017, o Vasco venceu seis duelos e empatou os outros três.
- Isso faz parte do futebol. O Flamengo passou pelo mesmo em 2015 e 2016, quando o Vasco teve uma sequência grande contra eles. Não perdemos nenhuma. Vamos nos preparar para um novo ciclo e um novo caminho. Acredito que o Vasco vai entrar para ganhar e quebrar isso daí para inverter essa chave.
Jordi usa o empate por 4 a 4 com o Flamengo em 13 de novembro do ano passado como demonstração de que o Vasco é capaz de encarar grandes desafios, principalmente diante do grande momento que o rival atravessava.
- O Vasco, todo nós sabemos, tem o Flamengo como rival. Todo mundo aprende a importância desse jogo desde a base. É uma oportunidade para todos. Se sabe que tem de dar o melhor, o ambiente é diferente. A preparação e a semana que antecede ao jogo é diferente. Envolve muita coisa. Todos os jogos e o último em especial foi uma grande partida. O Vasco se mostrou aguerrido e capaz de vencer um time que vinha muito bem no Brasileiro. Não será o contrário amanhã.
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Time reserva e muitos atletas da categoria sub-20 no clássico
Acredito que o calendário não ajuda tanto. A pré-temporada foi de 10 dias apenas até o primeiro jogo. Então, o Abel ainda quer trabalhar em cima do time. Isso é importante para o ano. Como ele disse, o time será diferente. Isso é bom pois dá rodagem para todos os jogadores. Acredito que os jovens começam a sentir mais a ter o frio da barriga de um clássico. É um jogo importante independentemente da escalação. Temos de estar preparados.
Preparação do time reserva
É pouco tempo de preparação. Porém, os meninos se conhecem da base. Cada um sabe como o outro gosta. Isso facilita. Ontem, Abel fez alguns reparos no treino. Questões táticas de saída de bola. É um time que se conhece. Então, isso facilita. Isso é tranquilo.
Aproveitamento da base no profissional
Acredito que em outros clubes é assim também. A base é muito importante. Diferentemente de outros anos, a base hoje é mais valorizada. Nas categorias lá de baixo já temos jogos televisionados. O mundo inteiro assiste a esses meninos. Então, eles estão preparados desde cedo. É uma outra realidade. A base é importante ainda para venda. A gente vê aí o Coutinho, como o nome dele é falado. Sempre que o nome dele é falado o nome do Vasco também é. Um jogador não carrega apenas o valor do dinheiro, mas o clube também.
Entrosamento para o clássico
Por mais que os mais experientes sejam mais rodados, a gente aprende com os mais novos também. É uma galera boa, com comprometimento diferente. São meninos com muita responsabilidade e com dedicação nos treinos. Eu vi anos atrás garotos subindo achando que estavam fixos no profissional e não ficaram. Essa nova safra é diferente. Eles se dedicam e aceitam as cobranças. Assumem a responsabilidade. A gente vê o Pec e o Bruno aí dando conta do recado
Experiência em clássico
O meu último clássico pelo Vasco foi em 2017. Foi bom em Brasília. Lembro que Luís Fabiano foi expulso, o jogo estava tranquilo para gente. A expulsão dificultou, mas a gente segurou. Nenê fez um gol no final (empate por 2 a 2). Clássico é diferente e prazeroso. Me sinto preparado. Estou em casa.
Mais sobre o 4 a 4 do ano passado
Eu voltei agora. Tenho pouco mais de 10 dias de clube. A conversa de passar dicas é dentro de campo mesmo. É no treino que se fala. A comunicação é assim. Ribamar parece velho, mas é um menino também.