A segunda-feira foi festiva para o Vasco, que comemorou 109 anos de fundação. Invicto há 21 jogos em São Januário, o time não perde há seis partidas no Brasileirão. São 313 minutos, mais de três jogos, sem sofrer gol.
E um dos pilares desse paredão é Jorge Luiz, que se inspira no zagueiro Lúcio, do Bayern de Munique, para tornar instransponível a zaga cruzmaltina. No futebol, o jogador tem de fazer mais de uma função. Gosto muito do estilo do Lúcio. Ele joga sério atrás e vai ao ataque tentar o gol. É o que venho fazendo no Vasco e tem dado certo, afirma o xerife da Colina.
Jorge Luiz credita sua ascensão ao técnico Celso Roth. Minha subida de produção tem o dedo do Celso, que chegou e me deu moral e confiança, diz o capitão do time, que herdou a braçadeira de Romário.
Com 21 gols sofridos, o Vasco tem a quarta melhor defesa entre os 20 clubes no Brasileirão. O último gol foi de Peter, aos 10 minutos do segundo tempo, no empate de 2 a 2 com o Figueirense, em São Januário, no dia 5. No futebol, se você não tomar gol, não perde e tem a chance de ganhar, filosofa Jorge Luiz.
E acrescenta: Ao contrário do Renato Gaúcho (ex-técnico do Vasco), que treinava mais a parte ofensiva, o Celso organizou primeiro a defesa e conseguiu. O Vílson, que veio dos juniores, é um exemplo disso. Ele se firma a cada partida.
O Vasco, que está em terceiro no Brasileiro, com 34 pontos, não conquista um título há quatro anos. O último foi o Estadual de 2003.
Esse jejum incomoda o capitão do Vasco. Ele diz que é chato ficar tanto tempo sem ganhar um título. Mas este ano temos a chance de ganhar a Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro, o que não é impossível, diz.
Jorge Luiz sabe que o Vasco pegará uma pedreira domingo, contra o Sport, em Recife. A Ilha do Retiro é um caldeirão, como São Januário. Eles têm um ataque forte e temos de fazer uma marcação dura, ensina.