O presidente da comissão de arbitragem da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Jorge Rabello, saiu em defesa de Rodrigo Castanheira, que cometeu grave erro no último domingo ao não validar um gol do Vasco diante do Flamengo. Como forma de proteger o profissional, ele lembrou que em 2011 o auxiliar passou por situação parecida em outro clássico.
Mesmo assim, Rabelo admitiu que Rodrigo Castanheira ficará algum tempo sem ser relacionado para jogos. O chefe da arbitragem do Rio nega que seja uma punição, mas apenas um período para que o profissional se recomponha, já que está bastante abalado psicologicamente.
"Fui ao vestiário do Maracanã e o rapaz [auxiliar] chorou copiosamente. Alguns amigos ligaram e choraram junto, foi algo comovente. Tinha consciência do que ocorreu. Ele entendeu o erro. Recebeu várias mensagens dos colegas de arbitragem. O Rodrigo atua nesta função desde 2008 e conta com a confiança da federação. ", disse Rabello ao UOL Esporte.
"Mas a parte psicológica está afetada. Terça estaremos reunidos para conversar, como fazemos rotineiramente após as rodadas. O Rodrigo precisará ficar fora de algumas rodadas, precisará se refazer, pois a pressão psicológica é grande", completou o presidente da Coaf-RJ.
E para defender Rodrigo Castanheira, Jorge Rabello lembrou de outro lance polêmico. Em 2011, durante um clássico entre Botafogo e Fluminense, o auxiliar não validou um possível gol de Renato Cajá que assim como a cobrança de Douglas, bateu no travessão e em posição duvidosa na linha, gerando grande polêmica na época.
"Em 2011 teve o mesmo lance [chute de Renato Cajá] e ele acertou. Ou pelo menos não há prova de que ele errou", defendeu quando questionado, já que a qualidade da imagem não era tão nítida.
"Auxiliar é melhor que chip"
E uma das soluções para evitar novas polêmicas seria a implantação da tecnologia no futebol. Jorge Rabello até defende o uso do chip, que apontaria que o gol de Douglas teria ocorrido, mas diz preferir a presença dos auxiliares, que podem ser úteis em outras ocasiões.
"Defendo a implantação do chip, mas é algo muito caro. Se puder ter o chip e o auxiliar, ótimo. Se tiver que optar, fico com o auxiliar. Ele é muito melhor, pois em alguns lances o chip não serve. O auxiliar marca falta, aponta irregularidades e ainda define a questão da linha. O chip só realiza uma função", finalizou.