Fim do silêncio forçado pela suspensão imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro, Jorge Rabello, respondeu ao diretor-executivo Rodrigo Caetano, do Vasco, que, no último domingo, declarou preocupação com a escalação de Luiz Antônio Silva Santos para a decisão da Taça Rio. Rabello enxergou a afirmação como jogo de pressão de quinta categoria e, com tom de ironia, disse que se trata de fazer um seguro em caso de derrota.
- Isso é pressão de porta de botequim, pé-sujo. Eu tenho 30 anos nisso e o Luiz Antônio, 20. Isso soa como desculpa antecipada em caso de derrota. Quer jogar para a galera. Não cola.
O presidente da Comissão de Arbitragem classificou como infundada a crítica de Rodrigo Caetano. Conta ele se lembrar apenas de um Clássico dos Milhões em que expulsou o meia Carlos Alberto por ter chutado uma bola, já advertido pelo cartão amarelo, quando havia sido assinalado impedimento. Naquela partida, o Vasco venceu por 2 a 0 - gols de Élton e Jefferson.
- Não me recordo, não tenho lembranças de problemas criados pelo Luiz Antônio em clássico Flamengo x Vasco. Rapidamente, lembro daquele jogo em que expulsou o Carlos Alberto por não ter ouvido o apito quando estava em impedimento. E diga-se de passagem, o Carlos Alberto deveria ter sido expulso antes por ter dado um carrinho criminoso no adversário - criticou.
Jorge Rabello estava impedido de conceder entrevista devido à suspensão imposta pelo TJD - expirou no dia 26 a punição. Quando o procurador manifestou a intenção de denunciar Ronaldinho Gaúcho pelo carrinho no goleiro Ricardo Berna, no início da Taça Rio, que não foi sequer expulso pelo árbitro, o presidente da Comissão de Arbitragem questionou a competência do tribunal e foi punido.