Jorge Salgado atendeu ao pedido de ajuda de José Luiz Moreira, vice de futebol do Vasco, e ajudou o clube a pagar parte dos salários atrasados de jogadores e funcionários. Foi apenas mais um sinal de que o grande benemérito está disposto a se aproximar, encarar o sempre conturbado processo eleitoral do clube e tentar se eleger presidente.
Atualmente, o otimismo em torno do "sim" do empresário é grande. Defensores da candidatura aguardam uma resposta positiva definitiva em julho e enxergam no nome alguém capaz de bater de frente com Julio Brant, provável candidato da "Sempre Vasco" na eleiçao prevista para acontecer no fim do ano. O próprio grupo de Brant, segundo lugar na eleição passada, já vislumbra a concorrência de Salgado como algo real.
Salgado ainda tem algumas questões pessoais para resolver. Enquanto isso, os apoiadores de sua campanha tentam costurar alianças que construam um cenário mais favorável para uma vitória nas urnas. De saída, caso se lance, ele deverá ter o apoio de dissidentes da gestão Campello, como a "Desenvolve Vasco" e a "Confraria Vasco", e mais de boa parte de beneméritos mais antigos no clubes, como José Luiz Moreira, Antônio Peralta e Silvio Godoi.
O processo de convencimento de Jorge Salgado vem de longa data: depois que desembarcou da gestão Campello, ainda fevereiro, a "Desenvolve Vasco", de Adriano Mendes, ex-vice-presidente de controladoria, já tinha feito os primeiros contatos a respeito. A "Confraria Vasco", aliada da "DV", liderada pelo conselheiro Vitor Roma, veio junto. Otto de Carvalho Júnior, membro do Conselho Fiscal e amigo pessoal de Salgado, participou das conversas. Inicialmente, Salgado resistiu à ideia.
Atualmente, quatro nomes já se lançaram candidatos: Luiz Roberto Leven Siano, Frederico Lopes, Luis Manoel Fernandes, e Augusto Ariston. O presidente Alexandre Campello ainda não oficializou sua decisão de tentar ou não se reeleger.