O sucesso e o fracasso no futebol estão separados por linha tênue. No Vasco, Jorginho dá provas de que arrisca alto em busca de um resultado positivo. A escolha de Rafael Vaz para ser o atacante nos minutos finais contra o CRB não foi o único risco calculado a que o treinador já se submeteu nesta temporada. O baixinho Jorge Henrique, de 1,69m, jogou como zagueiro nos minutos finais da decisão da Taça GB contra o Fluminense, assim como Andrezinho e Pikachu têm sido aproveitados em outras funções.
Tirar Thalles para colocar um zagueiro em um jogo no qual o Vasco precisava marcar um gol fez muito torcedor franzir a testa. Quando Rafael Vaz se posicionou como centroavante, a surpresa foi maior, inclusive para quem já trabalhou com o treinador.
Ex-auxiliar de Jorginho no América, Flamengo e Figueirense, Aílton nunca o tinha visto fazer algo assim. Mas ressalta que o companheiro sempre foi bom em perceber as características dos jogadores.
“Surpreendeu a todos. Ele arriscou. Como deu certo, mil maravilhas. Mas Jorginho é um cara que conhece o atleta com quem trabalha. Para tomar essas decisões, ele já avaliou essa possibilidade em alguma hora, pelas características. É um cara inteligente e passa esse estudo para o campo”, afirmou Aílton.
Para tomar tal decisão, Jorginho se valeu dos treinos. A ideia de aproveitar Vaz no ataque veio no Brasileiro de 2015, contra o Coritiba, mas só foi executada agora, quando o Vasco ficou só com Thalles como opção após a saída de Riascos.
“É importante conhecer o material que se tem na mão. O Vaz é um finalizador nato”, afirmou Jorginho.