Foi aberto na última quarta-feira o processo que investiga os passaportes portugueses falsos dos jogadores brasileiros Jorginho Paulista, ex-Vasco, e Fábio Júnior, ex-Cruzeiro, que atuaram nos times italianos Udinese e Roma, respectivamente. As informações são da agência de notícias “Ansa”.
O inquérito, que foi iniciado há sete anos pela promotoria de Udine, cidade no nordeste italiano, envolve ainda Gino Pozzo, filho de um acionista da sociedade esportiva, e Sigfrido Marcatti, ex-funcionário do time.
Os envolvidos são acusados de receptação e falsificação, por ter induzido ao erro os funcionários da cidade de Udine, que a partir dos documentos falsos concederam os vistos de permanência.
Na investigação foi envolvido ainda um terceiro jogador brasileiro, Warley, ex-São Paulo, cujo delito foi declarado prescrito.
Segundo a defesa, os jogadores não sabiam que os documentos eram falsos, que teriam sido fornecidos por seu agente para que eles pudessem ser negociados a melhores preços nos times italianos, que devem respeitar o limite de três jogadores não-europeus.
Na última quarta-feira foram ouvidas algumas testemunhas, entre as quais os policiais poloneses que desconfiaram dos documentos na véspera da partida Varsóvia x Udinese, pela Copa da Uefa, em 2000. A audiência foi marcada para 22 de janeiro próximo.