Motivo de preocupação para os vascaínos nos últimos jogos, a lateral direita é uma das questões que precisam ser trabalhadas no Vasco para a reta final da Série B do Brasileirão. Matheus Ribeiro e Léo Matos, únicas opções para a posição dentro do elenco, vivem um momento de baixa. Com a chegada do técnico Jorginho, um exímio especialista no assunto, no entanto, a expectativa é de que as coisas sejam ajustadas.
Desde a lesão de Gabriel Dias, a lateral direita do Vasco ainda não encontrou estabilidade. Gabriel se machucou na vitória sobre o Londrina ainda no primeiro turno, em junho, mas foi tirado de combate para realizar cirurgia somente um mês depois, em julho, após empate com a Chapecoense em São Januário. Ele volta só na próxima temporada.
"Em relação às laterais, conheço bem essa posição, talvez eu possa falhar em outras, mas nessa eu não posso", brincou Jorginho durante sua apresentação.
- Da forma como eu usá-los, tenho certeza que vão subir de produção, vão ter mais confiança - acrescentou o novo treinador do Vasco, que foi um lateral-direito de sucesso.
Gabriel Dias vinha desempenhando bem sua função na lateral nesta Série B, sobretudo defensivamente. Léo Matos, até então única opção para substituí-lo no elenco, assumiu a posição no tempo em que o companheiro ficou no departamento médico e também quando saiu machucado contra a Chape, aos 32 minutos do primeiro tempo. Léo, no entanto, nunca chegou a gozar da confiança absoluta da torcida.
Contratado recentemente, Matheus Ribeiro chegou praticamente já assumindo a titularidade: sua estreia foi na derrota para a Ponte Preta, em Campinas, quando entrou justamente no lugar de Léo Matos. Foi titular contra Tombense, CSA e Bahia na sequência, mas sacado por Emílio Faro no jogo seguinte, contra o Guarani. O jogador de 29 anos tem passado pouca segurança na defesa.
Ele voltou a ser titular no último fim de semana, na derrota para o Brusque, porque Léo Matos estava suspenso.
- Temos bons laterais com características totalmente diferentes, principalmente do lado esquerdo, onde eu tenho o Edimar, jogador muito experiente, um equilíbrio muito grande em termos ofensivos e defensivos, tenho o Paulo Victor, que é um jovem que tem mais capacidade em termos físicos, aquele que vai mais dentro, é mais agudo. Do lado direito, eles se assemelham um pouco mais, o Leo é muito experiente, pela sua idade, rodagem, o Matheus é um pouco diferente - disse o comandante vascaíno.
- Se você pega um jogador que não tem tanta velocidade, precisa de um jogador para apoiar pelo lado, porque ele não vai ser esse cara para ultrapassar, como eu era, que ultrapassava o tempo todo. Se você tem um jogador como Paulo Victor, agudo, você tem que trabalhar dessa maneira com ele, tem que dar o corredor - completa o treinador.
- Quando você basicamente monta a linha de cinco nossa de ataque, você é um atacante. Não é que ele vai esquecer de voltar, ele vai voltar por dentro. Mas naquele momento, a função dele é justamente chegar na linha de fundo, dar um cruzamento, passe para trás, cavadinha. É fundamental que ele entenda ali no momento quem ele é - concluiu.
Jorginho foi um lateral-direito de sucesso. No Vasco, por exemplo, conquistou os títulos do Brasileiro e da Mercosul de 2000. Também foi campeão brasileiro pelo Flamengo, bicampeão nacional com o Kashima Antlers (Japão) e campeão da Copa do Mundo com a seleção brasileira em 1994.